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População adota máscara facial, mas nem sempre faz uso correto da peça

Desde abril, medidas preventivas contra o coronavírus estão sendo adotadas em todo o País. Entre os novos hábitos exigidos para frear o espalhamento do vírus, o uso de máscaras de proteção em lugares públicos é uma das principais recomendações de especialistas, o que exige conscientização da população para ser efetiva. Entretanto, por menos observadora que seja, qualquer pessoa percebe como a população vem relaxando ou menosprezando o uso desse equipamento de proteção. A resistência à máscara facial é uma realidade que compromete os esforços de parte da população para evitar a infecção pelo novo vírus.
Em Maceió, por exemplo, é cada vez mais comum encontrar pessoas sem máscaras ou com a máscara em locais inusitados, usadas como prendedor de cabelos, acessório para queixos, protetor dos lábios, adorno de pescoço etc. Na periferia da cidade, moradores circulam tranquilamente sem a máscara cobrindo nariz e boca e os estabelecimentos, apesar de terem placas dizendo que o uso é obrigatório, relaxaram com a exigência.
Muitas pessoas colocam a máscara no rosto somente enquanto entram em supermercados, bancos e outras instituições que têm fiscalização. Mas, ao deixarem o local, a primeira atitude é retirar a máscara.
Uma pesquisa realizada pela OpinionBox investigou como o uso da máscara de proteção tem sido feito pela população brasileira. Os dados foram coletados em agosto, com entrevistados de todas as regiões do Brasil. Entre os entrevistados, 82% afirmaram que utilizam a máscara de proteção de forma correta, cobrindo boca e nariz sem tirar do rosto.
Apesar do percentual elevado, o estudo mostra que 1 em cada 5 pessoas utilizam a peça de forma equivocada, deixando no queixo ou guardada para usar apenas quando alguém está por perto. Além disso, 62% citam o desconforto ao respirar e 42% dores na orelha como problemas relacionados ao uso da máscara. Essas queixas seriam o maior motivo para desprezar o equipamento individual.