SEM OXIGÊNIO
Renan Filho estuda receber pacientes em estado grave do Amazonas
Número de sepultamentos em Manaus cresceu 193% no intervalo de um mês
O governador Renan Filho (MDB) informou nesta quinta-feira, 14, que está analisando um pedido de ajuda do governo do Amazonas para que pacientes com a covid-19 em estado grave sejam transferidos para outros estados, incluindo Alagoas.
Durante coletiva de imprensa o gestor informou que ainda está analisando se o Estado poderá atender o pleito do governo do Amazonas, cedendo leitos para os pacientes de lá.
A entrevista aconteceu durante a inauguração de 25 novos leitos de UTI e 24 novos leitos clínicos exclusivos para a covid-19, no Hospital da Mulher, em Maceió.
O motivo para a demora na analise do pedido, segundo Renan Filho é o crescente aumento no número de óbitos e infectados em Alagoas. “O ideal não é ampliar leitos, mas controlar a pandemia”, afirmou.
Amazonas sem oxigênio
Na última segunda-feira, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), pediu ajuda do governo federal e dos outros Estados para ampliar o fornecimento de oxigênio líquido para a rede estadual.
relacionadas_esquerdaSegundo ele, a situação na atual fase da pandemia da covid-19 está "dramática" após o consumo passar de 176 mil para 850 mil metros cúbicos por mês.
"Nos últimos dois meses, saímos de 457 para 1.164 leitos. Isso ocasionou um aumento do consumo de oxigênio líquido nas unidades de saúde do estado, que passou de 176 mil para 850 mil metros cúbicos por mês. Hoje, as empresas que fornecem oxigênio para o estado não conseguem surprir essa demanda", afirmou Lima, em post no Instagram.
O número de sepultamentos em Manaus cresceu 193% no intervalo de um mês. No dia 6 de dezembro foram registrados 31 enterros na capital amazonense, número que subiu para 91 nesta última terça-feira, 5.
O aumento dos casos de covid-19 levou o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), a decretar estado de emergência na cidade pelo período de 180 dias para tentar conter o avanço da pandemia. O governo estadual também decretou estado de calamidade pública pelos próximos seis meses.
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