CRIME ELEITORAL
PF apreendeu R$ 1,3 milhão em AL durante operações contra compra de votos
Segundo a superintendente da PF, população demonstra que não aceita mais esse tipo de comportamentoEm entrevista à imprensa, a superintendente da Polícia Federal, em Alagoas, Luciana Paiva Barbosa, abordou os crimes eleitorais mais comuns registrados durante as eleições municipais deste domingo, 8. A superintendente destacou a ocorrência de uma operação em andamento relacionada à compra de votos.
“Estamos atendendo agora uma ocorrência de compra de votos e também lidando com um desacato a um mesário. A maioria das ocorrências está relacionada a isso”, afirmou.
Luciana revelou que, durante período eleitoral, a PF apreendeu R$ 1.300.000,00 em dinheiro vivo, com suspeita de ser utilizado para compra de votos em todo o estado de Alagoas, incluindo tanto a capital quanto o interior.
Seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos, cinco em Barra de São Miguel e um em Delmiro Gouveia. Ao todo, foram instaurados 73 procedimentos, dos quais 15 foram transformados em inquéritos policiais para investigar possíveis ligações com as eleições.
A superintendente também comentou sobre uma denúncia que circulou nas redes sociais, afirmando que um vereador de Maceió estaria comprando votos por meio de combustível. “A situação ocorreu em um posto de gasolina no Jaraguá, e os motoristas e frentistas estão na Polícia Federal realizando procedimentos. O candidato não estava presente no momento”, informou.
Sobre a tranquilidade das eleições até o momento, Luciana disse que as situações pontuais foram tratadas imediatamente pela polícia. “Acredito que as eleições podem ser consideradas tranquilas até agora, pois atuamos rapidamente para evitar o aumento desses delitos. A repressão no momento é essencial”, ressaltou.
Ela ainda agradeceu à população alagoana pelas denúncias feitas através do canal específico da Polícia Federal. “As denúncias de compra de votos vieram da população e foram fundamentais para o nosso trabalho. A participação da população demonstra que ela não aceita mais esse tipo de comportamento nas eleições”, finalizou.