Maceió parou neste final de semana para viver uma noite marcada por nostalgia, emoção e muito forró. No palco do Festival Atemporal, a lendária banda Calcinha Preta protagonizou um espetáculo que uniu fãs de diferentes idades e provou, mais uma vez, que os seus clássicos resistem ao tempo — e atravessam gerações.

Com a Arena Celebration completamente lotada, o festival reuniu milhares de pessoas em uma verdadeira comemoração. Antes do grande momento da noite, o público já foi aquecido com apresentações que homenagearam a força e a história do forró romântico.

Eline Martins, Bonde do Brasil, a icônica Eliane, considerada uma das pioneiras do forró eletrônico e o show vibrante de Márcia Fellipe prepararam o terreno para o ápice do evento. Cada apresentação trouxe sua identidade e reforçou o espírito atemporal do festival.

Quando Calcinha Preta subiu ao palco, o clima de celebração atingiu seu auge. A banda entregou uma apresentação poderosa, embalada por sucessos eternos como “Você Não Vale Nada”, “Louca por Ti”, “Baby Doll” e o hino “Paulinha”, que emocionou o público em um momento de pura entrega coletiva. A homenagem à eterna vocalista Paulinha Abelha foi um dos pontos altos da noite, com direito a projeções visuais, coro emocionado e lágrimas dos artistas e da plateia.

Como presente especial para os fãs, o show contou ainda com participações de Raied Neto, Marlus Viana, Berg Rabelo e Dennis Nogueira — nomes que fizeram história na formação da banda e foram ovacionados ao subirem ao palco. O reencontro com os ex-vocalistas foi um dos momentos mais simbólicos, resgatando memórias e reafirmando a força do legado da Calcinha Preta.

“Estar em Maceió é sempre especial, mas hoje tem um sabor diferente. O tempo passou, mas a emoção segue viva. Calcinha Preta é atemporal porque nosso forró vem do coração”, declarou Daniel Diau, em uma fala que resumiu o espírito do evento.

Com figurinos marcantes, cenário grandioso e um repertório que atravessa décadas de sucesso, o espetáculo reafirmou a força da banda sergipana como uma das mais icônicas do gênero. A plateia — formada por jovens, famílias inteiras, casais e fãs veteranos — mostrou que o legado do grupo segue firme, atravessando gerações e fronteiras.

O Festival Atemporal cumpre sua proposta de valorizar artistas que marcaram época e seguem vivos na memória e nos corações do público. Em Maceió, o evento foi mais do que um festival — foi uma ode ao tempo, à música que resiste e ao sentimento que nunca sai de moda.

E se depender da energia vista neste final de semana, o tempo pode até passar — mas a paixão por Calcinha Preta seguirá eterna.