TECNOLOGIA
A inteligência artificial e suas (quase) infinitas possibilidades
Novos campos de atuação da tecnologia têm aberto possibilidades até há pouco inimagináveis
Com a realização do I Metaverso Summit e Negócios Digitais em Maceió, acendeu-se a discussão sobre as fronteiras – ou a ausência delas – no mundo dos negócios virtuais. De fato, os novos campos de atuação da tecnologia têm aberto possibilidades até há pouco inimagináveis. Mas poucos se dão conta que, junto com a internet, o grande motor para essas transformações é a IA – inteligência artificial.
Se o conceito não lhe é familiar, aqui vai uma forma simples de explicar: uma IA é a tentativa de fazer com que uma máquina pense (e reaja) como um ser humano. Isso permite que computadores realizem trabalhos maçantes e repetitivos de forma incansável e eficiente, respondendo às interações dos usuários. E, mais ainda, aprendendo novas habilidades durante esse processo.
Levado ao extremo pela ficção científica, o conceito de IA já rendeu ótimos livros, dentre os quais os de Isaac Asimov são a maior referência. E também ótimos filmes, como a franquia O Exterminador do Futuro. Em ambos os casos, a inteligência artificial das máquinas evolui descontroladamente, ao ponto de desafiar os próprios humanos.
Ainda estamos distantes desse futuro sombrio, porém, as IA de hoje conseguem aprender, mas se focam nas tarefas para a qual são programadas. Nenhuma delas está apta a criar uma consciência maligna. Ainda assim, elas podem fazer muita coisa. Um bom exemplo são os mecanismos de busca e seus algoritmos, que nada mais são do que um programa de IA. Ele compila as informações que consegue captar pela interação com os usuários, as analisa e aprende sobre seus gostos e preferências. E, em seguida, busca opções nos seu inventário (que podem ser publicidade) e as apresenta. Cada nova reação do usuário gera novas informações, e a máquina aprende mais um pouco sobre seus interesses.
Vivendo e aprendendo a jogar
A indústria do videogame também já embarcou na ideia da IA. Primeiro, ela foi usada simplesmente para identificar as preferências dos jogadores, e oferecer maior conforto e jogabilidade. Mas os títulos mais recentes já incorporam mudanças na storyline de acordo com o desenrolar do jogo. Ou seja, dependendo de como o usuário age, o game se altera, tornando cada experiência algo único.

Até o momento, as interações precisam ser iniciadas pelo gamer. O próximo passo será desenvolver títulos que possam captar autonomamente informações do ambiente e do jogador. Imagine um videogame de terror que considere os batimentos cardíacos de quem joga. Ou um jogo de futebol que aprenda suas estratégias, e reage a elas. É fácil ver que o desafio será muito maior.
Sem limites?
Pode parecer que, no ritmo atual, a IA vai se desenvolver exponencialmente e os livros de Asimov podem acabar se tornando realidade. Mas antes de temer o apocalipse robótico, é preciso entender que uma IA necessita de alimento – a informação. A inteligência artificial reduz seu desempenho quando o problema proposto possui variáveis ocultas. É o caso do jogo de poker, no qual parte da informação (as cartas) não está disponível para os inúmeros cálculos. Isso pode fazer com que a máquina chegue a um ponto de inconclusão. Ainda assim, cientistas conseguiram criar programas capazes de trabalhar com a dúvida e tomar decisões para rivalizar, e eventualmente vencer, jogadores profissionais.
Segurança eficiente
Uma das áreas onde a IA tem se desenvolvido de maneira célere é na segurança de máquinas e equipamentos. Carros e aviões, cada vez mais, receberão programas que interpretam as ações de pilotos e motoristas versus as condições de tráfego. Se o comportamento humano for temerário, a IA assume o volante (ou o manche) e toma medidas para neutralizar a ameaça. Com a evolução dessa função espera-se que, em um futuro não muito distante, a IA consiga eliminar os “erros humanos” dos acidentes.
Mesmo entre agnósticos tecnológicos e teorias conspiratórias de ficção científica, é inegável que a inteligência artificial é uma realidade que veio para ficar. A cada dia surgem novas ideias e novas utilizações dessa poderosa ferramenta. E isso está abrindo fronteiras inimagináveis em nosso universo. E também no metaverso.
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