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Cápsula de suicídio assistido: como funciona o aparelho usado na Suíça

Esta foi a primeira vez que a maquina foi usada, e levou à prisão de várias pessoas
Por Redação 26/09/2024 - 20:49

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Reprodução/Facebook/Philip Nitschke
Philip Nitschke inventou o equipamento chamado "Sarco", para morte assistida
Philip Nitschke inventou o equipamento chamado "Sarco", para morte assistida

A polícia de Schaffhausen, na Suíça, prendeu várias pessoas após a utilização da cápsula chamada “Sarco”, projetada para permitir que o ocupante cometesse suicídio. A primeira ocorrência do uso do dispositivo foi registrada na última segunda-feira, 23, em uma floresta no município de Merishausen.

As autoridades locais informaram que promotores abriram investigações criminais contra os detidos, acusando-os de “induzir, auxiliar e instigar suicídio”. No entanto, a polícia não divulgou detalhes sobre os indivíduos detidos ou a identidade da pessoa falecida.

Um porta-voz do grupo responsável pela cápsula, The Last Resort, revelou que a falecida era uma mulher americana de 64 anos, com um sistema imunológico comprometido. Entre os detidos está Florian Willet, copresidente do The Last Resort, que estava presente no momento da morte, juntamente com um jornalista holandês e dois cidadãos suíços.

Willet descreveu a morte como “pacífica, rápida e digna” em uma declaração do grupo. Segundo o porta-voz, a mulher passou por avaliações psiquiátricas antes de tomar sua decisão. Contudo, os promotores de Schaffhausen não confirmaram o número de detidos nem forneceram mais informações.

A cápsula Sarco, com seu design projetado para ser simples e funcional, utiliza gás nitrogênio para causar a morte, reduzindo a quantidade de oxigênio no interior do dispositivo a níveis letais. Criada pelo médico australiano Philip Nitschke, a cápsula tem gerado polêmica e atenção na mídia, levantando questões sobre sua legalidade e uso.

A Suíça, que possui leis que permitem o suicídio assistido, tem atraído defensores dessa prática. No entanto, a ministra da saúde, Elisabeth Baume-Schneider, afirmou que a cápsula não atende aos requisitos legais de segurança e que o uso de nitrogênio não é compatível com a legislação vigente.

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