TENSÃO

Maduro diz que detém lealdade dos militares e convoca mobilização

Por UOL 30/04/2019 - 13:12
Atualização: 30/04/2019 - 13:15
A- A+

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta terça-feira, 30, que conversou com os comandos militares, que asseguraram lealdade "ao povo, à Constituição e à pátria". A declaração foi dada por meio da conta de Maduro no Twitter, quatro horas depois de o presidente do Parlamento da Venezuela, Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino do país, anunciar que tem o apoio das Forças Armadas da Venezuela para "pôr fim à usurpação" do governo e ter pedido que a população vá às ruas. 

Maduro disse ter entrado em contato com os comandos das Redi (Regiões Estratégicas de Defesa Integral) e das Zodi (Zona Operativa de Defesa Integral) e que manifestaram total lealdade ao governo. Ele também pediu que os venezuelanos se mobilizem para "assegurar a vitória da Paz". "Venceremos!", postou.

Antes de Maduro, o ministro da Informação, Jorge Rodríguez, disse que o governo venezuelano está confrontando um pequeno grupo de "traidores militares" que estão buscando promover um golpe.

Assim como o ditador, o ministro da Defesa da Venezuela, Vlaimir Padrino, também já havia negado haver uma insurreição dos militares por meio do Twitter.

"Todas as unidades militares implantadas nas oito regiões de defesa integral reportam normalidade nos seus quartéis e bases militares, sob o mando dos seus comandantes naturais", disse. Mas, ele chamou de "covardes" e "traidores" os líderes da oposição.

Manifestantes favoráveis a Maduro começaram a chegar ao Palácio de Miraflores, a sede do governo em Caracas, para manifestação de apoio convocada pelo líder chavista, Diosdado Cabello.

Em várias regiões da cidade, são registrados confrontos entre militares e manifestantes contrários e favoráveis ao movimento de Guaidó.

Os militares fiéis a Maduro lançaram bombas de gás lacrimogêneo em uma rodovia Francisco Fajardo, nas proximidades da base área de La Carlota, na zona leste de Caracas, para onde Juan Guaidó e líder opositor Leopoldo López fizeram o anúncio do apoio dos militares. A parte da Guarda Nacional favorável aos opositores revidou.

Segundo a CNN, tiros foram ouvidos durante a confusão. A agência de notícias EFE informou que uma pessoa ficou ferida em frente à base, dizendo que as causas ainda são desconhecidas.

Confrontos entre militares favoráveis e contrários a Maduro também foram registrados em Distribuidor Altamira, lugar tradicional das manifestações antichavistas, onde opositores foram assassinados em 2017.

Em vários locais, os comércios fecharam suas portas e estações de metrô não foram abertas.

Leia mais sobre


Encontrou algum erro? Entre em contato