ÁREA DE RISCO
Quais regiões de Maceió são afetadas pelo afundamento do solo? Entenda
Vários bairros da capital alagoana foram evacuados por causa da mineração feita pela Braskem
Ao menos cinco bairros de Maceió foram afetados pelo afundamento do solo causado pela mineração feita pela Braskem em Maceió. Desde 2019, mais de 14 mil imóveis tiveram que ser evacuados no Pinheiro, Bebedouro, Mutange, Bom Parto e parte do Farol. O critério principal para esta desocupação é o Mapa de Linhas de Ações Prioritárias.
Este mapa é um documento que identifica as áreas afetadas pelo afundamento do solo causado pela mineração de sal-gema da Braskem. O mapa foi elaborado pela Defesa Civil de Maceió, em parceria com a Defesa Civil Nacional e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
Nesta terça-feira, 11, a Defensoria Pública de Alagoas divulgou uma nota técnica elaborada pelo CPRM que contém um mapa que apresenta indícios de subsidência nas regiões do Flexal de Cima, Flexal de Baixo, Bom Parto e Marquês de Abrantes (que se encontram fora da área oficial de risco) e que também indica que foram detectadas movimentações do solo além da Avenida Fernandes Lima.
Por causa da repercussão da nota divulgada pela Defensoria Pública de Alagoas, a Defesa Civil de Maceió divulgou, nesta quarta-feira, 12, uma nota sobre os critérios de inserção no Mapa de Linhas de Ações Prioritárias. O órgão é responsável por monitorar toda a região afetada e indicar a necessidade de atualização e/ou ampliação deste mapa.
Leia documento que lista os critérios de inserção no mapa anexado ao final da reportagem.
A Defesa Civil de Maceió informou que utiliza uma "vasta rede de monitoramento", com equipamentos de alta tecnologia e que medem "com precisão de milímetros" o movimento do solo. Todos os dados captados pela rede de monitoramento são validados por técnicos que analisam esses dados.
Além dos equipamentos, há o Comitê de Acompanhamento Técnico (composto por técnicos da Defesa Civil Nacional, Defesa Civil Municipal e Braskem), criado para monitorar as áreas de borda do mapa, verificando se há avanço do afundamento e se, possíveis patologias encontradas em residências dessas áreas possuem correlação com o afundamento decorrente da mineração.
Segundo a Defesa Civil Municipal, o comitê realiza as visitas periodicamente, incluindo vistoria nas residências em toda a área de borda do Mapa. Os técnicos unem as avaliações feitas em campo com os dados captados pelos equipamentos para que então, levando em consideração os critérios previamente estabelecidos, haja uma atualização do mapa ou que, não havendo essa necessidade, a região continue sendo monitorada.