ECONOMIA

Endividamento das famílias em Maceió atinge 80,1% em março

Percentual de inadimplência também cresceu, alcançando 39,2%
Por Redação com Fecomercio 22/04/2025 - 08:43
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Divulgação
O índice de endividamento das famílias em Maceió atingiu 80,1% em março
O índice de endividamento das famílias em Maceió atingiu 80,1% em março

O índice de endividamento das famílias em Maceió atingiu 80,1% em março, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio AL e a CNC divulgada nesta terça-feira, 22. O percentual de inadimplência também cresceu, alcançando 39,2%, encerrando o primeiro trimestre com o maior índice do ano.

Em relação a fevereiro, o endividamento subiu 0,6 ponto percentual. Apesar da alta, o ritmo desacelerou frente a janeiro e fevereiro, quando os aumentos foram de 1,7% e 2,3%, respectivamente. Em 12 meses, o endividamento subiu 27,3% e a inadimplência 43,1%.

O número de famílias que afirmam não ter condições de quitar dívidas atrasadas caiu 3,8% em março. Já a inadimplência geral cresceu 3,2% na comparação com fevereiro, quando 38% das famílias relataram contas em atraso.

Segundo o Instituto, 50% dos endividados estão nas categorias “muito endividados” ou “mais ou menos endividados”, com aumentos de 1,74% e 3,83%. Os dados indicam maior risco de inadimplência entre os consumidores.

Entre famílias com renda acima de 10 salários-mínimos, o percentual de “muito endividados” subiu de 2,4% (fevereiro) para 4,9% (março). A política de juros altos, iniciada em outubro de 2024, afetou especialmente dívidas com imóveis e veículos.

O crédito mais caro fez o endividamento das famílias de maior renda crescer 22% entre outubro de 2024 e março de 2025. Já entre as de menor renda, a inadimplência anual subiu 45,2%, e o número de “muito endividados” passou de 18,1% para 18,4%.

O cartão de crédito responde por 98% das dívidas. Entretanto, o uso de carnês cresceu 65%, e “outras dívidas” subiram 2.700%. A busca por crédito informal aumentou diante da saturação das formas tradicionais.

Entre famílias de menor renda, houve redução de 7,5% no número de “superendividados” no último ano. O Instituto atribui essa queda a programas de renegociação, melhora na renda e aumento da massa salarial em Maceió.


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