JOGO DO PODER
Arthur Lira negocia até PEC do fim da fome por reeleição
Presidente da Câmara monta QG em Brasília onde tudo vira barganha, até vaga no TCU
O mercado e os gerentões do orçamento secreto pressionam o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), a emparedar o futuro presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A princípio, uma margem menor de dinheiro na PEC da Transição. Depois, mantendo o poder do Legislativo sobre a destinação das emendas do relator. E, num futuro que nem parece tão distante assim, Lira quer pôr na mesa a adoção do semiparlamentarismo à brasileira, onde o chefe do Executivo não mandará nos assuntos nacionais, passando unicamente a apertar mão de líderes internacionais. O Congresso escolheria um primeiro-ministro.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição foi entregue no dia 16 pelo vice Geraldo Alckmin (PSB), coordenador da transição, ao relator do Orçamento de 2023, Marcelo Castro (MDB -PI). Lula quer retirar da contagem do teto de gastos o pagamento do Bolsa Família mais R$ 150 por filho na escola além de investimentos. São R$ 175 bilhões.
Arthur Lira sinaliza que a proposta tramitaria sem problemas na Câmara. Em paga, PT, PDT, PC do B e PV discutem fechar apoio formal à reeleição dele no comando da Câmara em 2023. Também entrou neste mercado eleitoral a escolha da vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Lira jogou esta discussão para 2023, evitando que parlamentares derrotados (e sem voto na eleição à presidência da Câmara em fevereiro do próximo ano) pressionem pelo posto.
Empresas de turismo, aéreas e varejo estão entre as mais altas na Bolsa de Valores, na expectativa de ganhos após a aprovação da PEC.
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