JOGO DO PODER

Arthur Lira negocia até PEC do fim da fome por reeleição

Presidente da Câmara monta QG em Brasília onde tudo vira barganha, até vaga no TCU
Por Odilon Rios - Especial para o Extra 26/11/2022 - 12:25
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Agência Câmara
Arthur Lira, presidente da Câmara Federal
Arthur Lira, presidente da Câmara Federal

O mercado e os gerentões do orçamento secreto pressionam o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), a emparedar o futuro presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A princípio, uma margem menor de dinheiro na PEC da Transição. Depois, mantendo o poder do Legislativo sobre a destinação das emendas do relator. E, num futuro que nem parece tão distante assim, Lira quer pôr na mesa a adoção do semiparlamentarismo à brasileira, onde o chefe do Executivo não mandará nos assuntos nacionais, passando unicamente a apertar mão de líderes internacionais. O Congresso escolheria um primeiro-ministro.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição foi entregue no dia 16 pelo vice Geraldo Alckmin (PSB), coordenador da transição, ao relator do Orçamento de 2023, Marcelo Castro (MDB -PI). Lula quer retirar da contagem do teto de gastos o pagamento do Bolsa Família mais R$ 150 por filho na escola além de investimentos. São R$ 175 bilhões.

Arthur Lira sinaliza que a proposta tramitaria sem problemas na Câmara. Em paga, PT, PDT, PC do B e PV discutem fechar apoio formal à reeleição dele no comando da Câmara em 2023. Também entrou neste mercado eleitoral a escolha da vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Lira jogou esta discussão para 2023, evitando que parlamentares derrotados (e sem voto na eleição à presidência da Câmara em fevereiro do próximo ano) pressionem pelo posto.

Empresas de turismo, aéreas e varejo estão entre as mais altas na Bolsa de Valores, na expectativa de ganhos após a aprovação da PEC.

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