bancada da bola

Lira é peça-chave na proteção a Ednaldo Rodrigues no Congresso, diz jornal

Grupo teria atuado para blindar o comando da CBF e conter investigações no Congresso
Por Redação 14/04/2025 - 08:30
Atualização: 14/04/2025 - 08:37
A- A+
Lula Marques/ Agência Brasil
Arthur Lira faria parte de grupo que atua para blindar o comando da CBF
Arthur Lira faria parte de grupo que atua para blindar o comando da CBF

Um grupo de parlamentares estaria atuando em defesa da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no Congresso Nacional e no Senado Federal, entre eles o deputado alagoano Arthur Lira (PP), segundo matéria publicada durante o fim de semana, pelo jornal Estadão.

Assinada pelos jornalistas Levy Teles e Vinícius Valfré, a reportagem apontou que a chamada “Bancada da Bola” é composta por 22 parlamentares de nove partidos distintos, incluindo nomes com histórico de ligação direta com o futebol.

O grupo de deputados e senadores possui aliados estratégicos nos poderes Executivo e Judiciário e teria como principal objetivo blindar o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

A atuação da bancada inclui supostas articulações para impedir a convocação de Rodrigues à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a manipulação de resultados no futebol brasileiro, além de tentativas de abafar denúncias recentes reveladas pela revista Piauí.

Além de Arthur Lira, outros parlamentares citados como principais integrantes da bancada estão os senadores Romário (PL), Jorge Kajuru (PSB), Davi Alcolumbre (União-AP) e Jaques Wagner (PT-BA), além dos deputados Felipe Carreras (PSB-PE), Orlando Silva (PCdoB-SP) e José Rocha (União-BA).

Ainda conforme o Estadão, o grupo age em conjunto, independentemente da diversidade partidária, para proteger os interesses da entidade máxima do futebol brasileiro.

Paralelamente, uma reportagem do portal Leo Dias publicada no mesmo fim de semana revelou que a CBF teria instalado câmeras de segurança em locais estratégicos e ocultos dentro de sua sede, no Rio de Janeiro. Os equipamentos estariam disfarçados em dispositivos falsos de alarme de incêndio e, segundo a denúncia, teriam sido instalados a mando de Ednaldo Rodrigues.

As gravações de imagem e áudio eram transmitidas a um computador na sala do presidente. O material, que inclui mensagens e áudios internos, pertence a Haroldo Aguiar, funcionário do setor de Tecnologia da Informação da entidade, e inclui ordens diretas dadas por Rodrigues durante a Copa do Mundo do Catar, em 2022.

As recentes revelações geraram reações dentro e fora da imprensa esportiva. Na segunda-feira, 7, seis jornalistas da ESPN foram afastados da programação após criticarem a gestão de Ednaldo Rodrigues no programa Linha de Passe.

Os profissionais Gian Oddi, Paulo Calçade, Victor Birner, Pedro Ivo Almeida, Dimas Coppede e William Tavares repercutiram as denúncias feitas pela revista Piauí em reportagem intitulada “As extravagâncias sem fim da CBF”, que detalha salários elevados, mordomias e uma dívida milionária acumulada sob o comando atual da confederação. Na edição seguinte do programa, outros jornalistas foram escalados para substituir os comunicadores afastados.

Leia mais sobre


Encontrou algum erro? Entre em contato