A recente oficialização da federação entre União Brasil e Progressistas, anunciada na terça-feira, 19, reforça um movimento que vem ocorrendo no cenário político brasileiro: a concentração de poder em um grupo reduzido de dirigentes. Em Alagoas, cinco nomes comandam as principais legendas e exercem influência significativa sobre os rumos da política estadual.

O deputado federal Arthur Lira passa a liderar um dos blocos mais expressivos do país, enquanto o prefeito de Maceió, JHC, mantém o controle do PL, considerada a maior legenda isolada a nível nacional. O senador Renan Calheiros segue à frente do MDB, partido com histórico de centralidade na política alagoana, e o governador Paulo Dantas mantém influência sobre PSD e PSB, ampliando seu espaço de articulação.

Com aliados estratégicos, como o PT, esses dirigentes concentram a administração das maiores legendas, do fundo partidário e da definição de alianças eleitorais, inclusive em preparação para as eleições de 2026. A federação entre União Brasil e Progressistas aumenta ainda mais essa presença: juntos, os dois partidos passam a ter 109 deputados federais e 14 senadores, além de seis governadores e quase 30% dos prefeitos do país, tornando-se a maior bancada do Congresso Nacional.

Especialistas apontam que o movimento nacional de fusões e federações tem redesenhado o mapa político, centralizando influência em menos partidos e líderes, o que tende a ter impacto direto nas próximas disputas eleitorais.