INQUÉRITO AbERTO

Polícia investiga dono de academia em Maceió após denúncias de assédio

Relatos são de funcionárias e ex-funcionárias, além da ex-esposa do homem
Por Redação 05/11/2024 - 18:50

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Polícia Civil de Alagoas
Caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher 2
Caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher 2

A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o proprietário de uma academia localizada no Aldebaran, em Maceió, após nove mulheres registrarem boletins de ocorrência contra ele denunciando episódios de assédio sexual, estupro e violência psicológica. A informação foi publicada nesta terça-feira, 5, pelo Portal Eufêmea.

A delegada Kelly Kristynne, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher 2 (DDM2), é a responsável pelas investigações. Agora, as vítimas, testemunhas e os acusados ​​devem ser chamados para prestar depoimentos. 

As primeiras denúncias foram divulgadas pelo portal Eufêmea em outubro. O homem nega todas as acusações. Dentre as vítimas está a ex-esposa do acusado. As mulheres se uniram quando a ex-esposa dele solicitou medida protetiva alegando ameaças e injúria. Ao informar às funcionárias que a Justiça concedeu a medida, os relatos começaram a chegar.

Ao Eufêmea, as mulheres disseram que o homem sempre pedia abraços e, quando as abraçava, encostava nelas nós "de forma envolvente”. Segundo uma das vítimas, o dono da academia chamava as mulheres para a sala dele individualmente, apagava a luz, trancava a porta e praticava o assédio. Segundo os relatos, ele tinha o hábito de beijar as mulheres no rosto e fazia uma “brincadeira” de tentar tirar o sutiã de algumas recepcionistas com uma mão só.

Uma das mulheres também denunciou estupro dentro da academia. A vítima relatou que disse que não queria, mas ele a virou para a parede, tirou a roupa dela e a violentou. A mulher, que era funcionária dele, disse que sentiu medo de contar sobre o que aconteceu.

Várias vítimas disseram que o assédio começou de forma sutil, com comentários e gestos que ela julgava inadequados em uma relação de trabalho. Já a ex-esposa do denunciado disse que ele constantemente a manipulava emocionalmente, dizendo que ninguém a aceitaria se ele a deixasse.

Ao Eufêmea, o dono da academia negou as acusações e afirmou que sempre foi uma pessoa "educada", que gostava de apertar as mãos, perguntar como elas estavam. Ele também declarou que, durante todo o relacionamento com sua ex-esposa, sempre a respeitou, nunca aumentou o tom de voz e não cometeu nenhum tipo de abuso emocional. Quanto à acusação de estupro, Alisson admitiu que houve uma “relação sexual com uma funcionária dentro da academia”, mas alegou que a relação foi consensual.


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