Flopou!
Ato pró-anistia de golpistas em Copacabana reúne 2% do público previsto
Apenas 32,7 mil pessoas compareceram ao ato bolsonarista no Rio de Janeiro, segundo dados da USP
O ato deste domingo (16) financiado pelo pastor Silas Malafaia e promovido por Jair Bolsonaro, em Copacabana, no Rio de Janeiro-RJ, reuniu aproximadamente 32,7 mil pessoas, representando menos de 2% do público estimado, segundo cálculo do grupo de pesquisa "Monitor do debate político", da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, coordenado por Pablo Ortellado e Márcio Moretto. A margem de erro é de 12%, para mais ou para menos.
Bolsonaro e seus aliados chegaram a projetar a presença de 1 milhão de manifestantes na mobilização em defesa da anistia aos envolvidos na tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023.
Prestes a ser preso por liderar a tentativa de golpe de Estado após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro fracassou em sua última tentativa de angariar apoio popular a um projeto que anistiaria os envolvidos nos atos antidemocráticos.
Bolsonaristas se frustraram com a manifestação esvaziada na praia de Copacabana, que ficou muito aquém da promessa de Bolsonaro. Imagens transmitidas pela TV Globo mostram que o ato não conseguiu ocupar quarteirões inteiros nem mobilizar uma multidão, reunindo apenas o grupo diante do palco, com presença espalhada pela avenida e chegando até a faixa de areia.
Análise da denúncia
A Primeira Turma do Supremo marcou para 25 de março a análise pelo colegiado da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
Encaminhada pela PGR ao Supremo em 18 de fevereiro, a denúncia posiciona Bolsonaro como líder de uma organização criminosa que agiu para contrariar o resultado das urnas após a vitória do presidente Lula nas eleições de 2022. Em caso de condenação por todos os crimes a que foi denunciado, as penas de Bolsonaro poderiam variar de 12 anos a mais de 40 anos de prisão.
A defesa do ex-mandatário afirmou em manifestação ao STF que não há provas contundentes que apontem Bolsonaro como autor de ordens para a execução de um golpe de Estado ou que tenha praticado qualquer ato de violência. Bolsonaro reclamou do que considerou um ritmo acelerado para tratar das acusações de que é alvo. Bolsonaro está inelegível até 2030 por conta de duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político na campanha eleitoral de 2022