DE FRENTE PRA LAGOA

Marisqueiros da Lagoa Mundaú não serão realocados para outros bairros

Obra avaliada em R$ 140 milhões teve início no final de 2018 e deve ficar pronta em dois anos
Por Bruno Fernandes 27/04/2019 - 08:31

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Bruno Fernandes
1.776 famílias são residentes da região
1.776 famílias são residentes da região

As 1.776 famílias residentes nas favelas Sururu de Capote, Peixe, Muvuca e Mundaú, localizadas no Vergel do Lago e Trapiche, na parte baixa de Maceió, não serão realocadas para outros bairros pela Prefeitura de Maceió. A informação, considerada um alívio para milhares de moradores, é da secretária Municipal de Desenvolvimento Territorial (Sedet), Rosa Tenório, em entrevista ao EXTRA.


Com um investimento avaliado em R$ 140 milhões, o projeto irá contemplar com moradias e infraestrutura de drenagem, saneamento básico, escola, creche, posto de saúde e área de lazer aproximadamente 10 mil pessoas do local que vivem com uma renda média de R$ 200 por mês, segundo dados da própria Sedet. A região atualmente é considerada como uma das mais violentas da capital por conta das disputas de território do tráfico.


Rosa Tenório explicou que os moradores não serão realocados nem durante e nem depois das obras, como era o medo de algumas pessoas que vivem da pesca na região. “O Residencial Vilas do Mundaú será erguido na própria comunidade para que os marisqueiros possam continuar gerando renda no local. Durante as obras eles continuarão na região. Os novos apartamentos também serão construídos onde hoje é a via de tráfego”, explicou. As unidades habitacionais serão construídas em etapas de identificação da comunidade, mudança de tráfego (já realizadas) e instalação do canteiro para execução efetiva das obras.


Outro temor dos moradores é de paralisação das obras, porém, se depender dos recursos, principalmente para a construção das moradias, a continuidade do projeto está garantida.


“Já foi prometida tanta coisa, mas como é política a gente fica com medo de não ir pra frente. Fiz o cadastro, estou com meus documentos tudo bonitinho e vamos ver se dessa vez vai”, conta a moradora Railda Dionísio, moradora da favela Sururu de Capote há aproximadamente 7 anos.

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