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Governo federal divulga hoje laudo sobre afundamento do Pinheiro

Por Redação 08/05/2019 - 07:14
Atualização: 08/05/2019 - 09:24
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Foto: Divulgação
Bairro do Pinheiro está afundando
Bairro do Pinheiro está afundando

A audiência pública para divulgação do resultado dos estudos sobre a instabilidade do terreno nos bairros Pinheiro, Mutange e Bebedouro, em Maceió, acontece nesta quarta-feira, 8, a partir das 8h. O encontro reunirá imprensa, autoridades, estudiosos e moradores. 

A apresentação do laudo acontece no auditório da Justiça Federal, situado na Avenida Menino Marcelo, bairro Serraria. O secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, tenente-coronel Alexandre Lucas Alves, presidirá a audiência.

Ainda estarão presentes os representantes do Ministério de Minas e Energia: Lilia Mascarenhas, secretária-adjunta de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, e Frederico Bedran, diretor de Geologia e Produção Mineral.

O diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil-CPRM, Esteves Colnago, e o diretor de Gestão Territorial da CPRM, Antonio Carlos Bacelar; além do Victor Bicca, diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), também compõem a mesa.

O evento será transmitido ao vivo pela TV Assembleia-AL e Facebook da CRPM.

Expectativa

A moradora do Pinheiro, Celia Soares, de 55 anos, espera que o laudo mostre os verdadeiros culpados "por toda essa angústia". "O abalo é em toda Maceió, mas quem sentiu mais foi o Pinheiro. A gente quer uma resposta, a gente quer solução, para tudo isso. Não é justo!", disse.

Já outro morador considera que o laudo fará com que todos tenham um direcionamento do que fazer com suas vidas. "Depois de 447 dias, finalmente podemos esperar por alguma resposta”, destacou Joeliton Barbosa.

Relatório da Braskem

Representantes da Braskem se reuniram na segunda-feira, 6, no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (Crea-AL) para apresentar um relatório sobre os possíveis motivos das rachaduras.

Segundo o engenheiro da mineradora, Rogério Bonfim, a falta de drenagem adequada aliada às falhas tectônicas teria causado as rachaduras e o afundamento da região.

“O problema mais recorrente identificado em mais de 160 pontos é que não há continuidade de manilhas. Não há rejunte interno e externo e o que temos percebido é isso. Estamos falando de afastamento [de manilhas] de até 2 polegadas. Além disto, buracos e rompimentos foram encontrados nas tubulações”, explicou.

Conforme o advogado da Braskem, Bruno Maia, "mais importante do que fazer uma drenagem seria consertar a tubulação que leva água para a lagoa o mais rápido possível. A empresa acertou com a prefeitura que iria assumir esse trabalho. Essa tubulação será doada para o município", destacou.

No entanto, o estudo da mineradora não tem ligação com o laudo oficial que deve ser apresentado. A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) ao EXTRA.

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