tragédia
MP pede prisão de proprietária de catamarã que naufragou em Maragogi
O Ministério Público de Alagoas (MP-AL) vai pedir a prisão dos proprietários do catamarã que naufragou na manhã deste sábado, 27, em Maragogi. O acidente matou duas idosas.
Segundo a promotora de justiça, Francisca Paula Santana, em 2014, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi firmado com os empresários donos de catamarãs, lanchas, escunas, entre outros serviços.
O TAC impedia a emissão de novos alvarás para a prática dessas atividades turísticas no município.
Ainda conforme a promotora, no final da gestão do prefeito Marcos Madeira foi editado um decreto que permitia o aumento de embarcações.
No entanto, o TAC voltou a ser praticado na atual gestão de Maragogi, comandada por Sérgio Lira. Porém, os proprietários ingressaram com mandado de segurança para continuar explorando o turismo local.
"O mandado ficou com liminar até final do ano passado. Depois foi julgado e denegada a ordem. E os empresários não recorreram", explicou a promotora.
Uma das notificadas para finalizar os passeios turísticos foi a empresária Simone Leite, que foi candidata a vereadora no município e é dona do catamarã que virou em alto mar.
"Liguei para a delegacia em plantão e orientei que requeressem a prisão preventiva dos culpados", informou.
Denúncia
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente denunciou, em janeiro, que três proprietários estavam fazendo passeios clandestinos às piscinas naturais de Maragogi.
Segundo o secretário Gabriel Vasconcelos os infratores tiveram alvarás cancelados. “As infrações são cometidas pelos catamarãs de Simone Valéria Furtado Leite e Amaro de Souza, além da lancha de Juliana Bezerra Fernandes da Silva”, disse Vasconcelos na ocasião.