CALL CENTER

Almaviva do Salvador Lyra é alvo de protesto e funcionários denunciam negligências

Por Bruno Fernandes 20/03/2020 - 14:47
Atualização: 20/03/2020 - 16:23
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Cortesia ao Jornal Extra de Alagoas
AlmaViva foi alvo de protestos por parte dos funcionários no Salvador Lyra
AlmaViva foi alvo de protestos por parte dos funcionários no Salvador Lyra

Funcionários da Almaviva do Brasil, um dos principais call centers do país, cruzaram os braços e paralisaram suas atividades no começo da tarde desta sexta-feira, 20, no bairro do Salvador Lyra, na parte alta Maceió, por receios em relação ao novo coronavírus.

O protesto na porta da empresa aconteceu após uma coletiva de imprensa feita pelo governador Renan Filho e pelo prefeito Rui Palmeira em que anunciaram a publicação de um decreto proibindo shoppings centers, comércios, indústrias, bares e restaurantes de funcionarem.

O documento, no entanto, não proíbe o funcionamento de órgãos de imprensa e meios de comunicação e telecomunicação em geral. Os funcionários, que se encaixam na categoria telemarketing, pedem uma alternativa por parte da empresa.

Funcionários, que não quiseram se identificar, informaram que os postos de atendimento são muito próximos uns aos outros e contrariam as recomendações do ministério da Saúde — que preconiza ao menos um metro entre as pessoas para evitar contágio.

Além da proximidade, eles afirmam que não tem álcool em gel e que a Almaviva informa que o material está em falta. "Estamos compartilhando o mesmo ambiente, mesmo equipamento catraca e outras coisas. São mais de seis mil funcionários e o vírus pode se propagar", afirmam.

Procurado pelo EXTRA, o Ministério Público do Trabalho em Alagoas informou que irá protocolar uma denúncia e verificar que medidas que poderão ser tomadas.

Durante o começo da tarde, o MPT também expediu uma notificação recomendatória para que empregadores e sindicatos adotem medidas de proteção à saúde e segurança de trabalhadores, como forma de prevenir a disseminação do novo coronavírus no estado.

Entre as recomendações está a de que as empresas devem fornecer lavatórios com água e sabão e álcool 70% ou outros sanitizantes adequados à atividade.

Em nota, a empresa informou que ainda não tem perspectiva para quando as pessoas poderão trabalhar de casa. "Um estudo de viabilidade tecnológica para trabalho home office está em andamento".

Rio de Janeiro

"El, el, el, queremos álcool em gel!" "Veja não, álcool em gel é solução". Com cânticos como esses, funcionários da Almaviva do Brasil no Rio de Janeiro cruzaram os braços e também paralisaram suas atividades.

Segundo relatos de funcionários, cerca de 70, que se manifestavam hoje, quatro pessoas que trabalham no call center estão com suspeita da Covid-19.

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