estudo da ufal
Vazamento de óleo no Nordeste pode ter vindo da África

Pesquisadores do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), fizeram uma nova descoberta sobre a origem do derramamento de mais de cinco mil toneladas de petróleo que atingiu as praias do Nordeste, no ano passado.
Segundo reportagem do O Globo, após a análise de imagens registradas via satélite, os especialistas identificaram uma mancha que pode ser de um vazamento de óleo no Golfo da Guiné, na África. Com as correntes oceânicas, o material poderia ter vindo parar na costa brasileira.
"A mancha detectada tem 433,22 km2 e está a aproximadamente 200 km da costa do país de Camarões. Essa é uma região de exploração de petróleo e tráfico intenso de navios. Além disso, ali existe uma confluência de correntes, que são sazonais e têm maior intensidade ente julho e setembro, saindo da Guiné e chegando ao Rio Grande do Norte. Elas poderiam ter trazido o óleo para a costa do Nordeste", explicou Humberto Barbosa, metereologista e pesquisador do Lapis.
Ainda segundo Barbosa, em julho de 2019, um mês antes do primeiro registro oficial de petróleo nas praias nordestinas, as imagens do Sentinel-1 já mostravam manchas que poderiam representar vazamentos de óleo na costa africana.
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