SUSPEITA DE FRAUDE

Renan Filho vai decidir sobre futuro do concurso da PM após as investigações

Por Bruno Fernandes 20/09/2021 - 15:49
Atualização: 21/09/2021 - 08:56

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Luiz Siqueira
Governador Renan Filho
Governador Renan Filho

Uma decisão sobre o futuro do concurso da Polícia Militar de Alagoas só será decidido após o fim das investigações, informou nesta segunda-feira, 20, o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB-AL).

“Estamos aguardando a finalização das investigações para tomar uma decisão. Óbvio que agora a decisão não será só do governador, porque o problema já está judicializado", afirmou Renan Filho.

A declaração foi feita durante a inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Cidade Universitária, parte alta de Maceió.

Ainda segundo Renan, apenas depois das investigações será decidido pelo cancelamento ou não do concurso e que o estado busca uma solução para fazer justiça aos candidatos inscritos no certame.

Na semana passada, o Tribunal de Justiça de Alagoas deferiu o pedido de liminar formulado em ação popular e suspendeu o certame, até decisão do mérito. A decisão foi proferida pelo juiz Geraldo Tenório Silveira Júnior.

Na decisão, o juiz concede o prazo de dois dias para que o secretário de Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), Fabrício Marques dos Santos, além do representante da banca realizadora do concurso, a Cebaspe, adotem providências.

Ao todo setenta mil inscritos no concurso foram afetados diretamente pelas denúncias, que estão sendo investigadas pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL). O órgão informou que desde então vem recebendo denúncias de fraudes ao longo do processo seletivo, entre eles o de venda do gabarito do concurso.

Segundo relatos de alguns inscritos, as respostas foram vendidas ao preço de R$ 10 mil. O pagamento incluía R$ 40 mil, a serem parcelados quando o policial estivesse formado.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) também confirmou que vai investigar a suposta venda de gabaritos para o concurso da Polícia Militar. O setor de inteligência da pasta instaurou um procedimento investigatório.

Caso a denúncia seja comprovada, os beneficiados poderão ser desclassificados e presos, informou a Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) após o surgimento das primeiras denúncias.

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