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Vítima ferida em carro de luxo reconheceu criminoso e denunciou à mulher
Empresário ligou para a esposa e informou nome do traficante que participou do atentado
O empresário Aderbal Gomes de Albuquerque Araújo, que sofreu atentado dentro de um carro de luxo na Ponta Verde e morreu na madrugada desta quinta-feira, 24, no Hospital Geral do Estado, identificou um dos integrantes do grupo e comunicou, apesar de ferido, o nome do criminoso à esposa.
O suspeito identificado seria o motorista do veículo- um Fiat Toro preto - usado no atentado. A informação foi confirmada pelo delegado Sidney Tenório, titular da Diretoria de Polícia Judiciária (DPJ1). O delegado informou que a Polícia Civil já tem o nome e a foto do principal suspeito do crime, e que a prisão é uma questão de tempo.
O empresário foi baleado pelo menos com cinco tiros de pistola calibre 45, na tarde dessa quarta-feira, 23, quando estava dentro de uma Mercedes na orla da Ponta Verde. Apesar da gravidade dos ferimentos, ele saiu do veículo e fez a ligação para a esposa onde contou ter sido vítima de uma emboscada e disse o nome de um dos criminosos.
Dívida com traficante
Segundo a polícia, o homem identificado tem ligações com o tráfico de drogas e atua em Maceió e no município de Maragogi. As investigações apontam que o crime teve como motivação uma dívida não paga totalmente a Aderbal. Parte do valor dessa dívida foi quitado em transferência por Pix, e o comprovante da transação foi entregue à polícia pela esposa da vítima.
Imagens de câmeras de segurança ajudaram a polícia a reconstituir a ação do grupo, que emparelhou o veículo com o de Aderbal. Dois dos três ocupantes do carro efetuaram os disparos no empresário, que foi socorrido e levado ao HGE.
A vítima, que tinha atividades no setor de energia solar, tinha extensa ficha criminal e, segundo a polícia, mantinha relações com o submundo do tráfico.
Aderbal possuía passagens pela polícia por assalto, estelionato, receptação, violência doméstica e homicídio. Sua prisão mais recente foi em quarta-feira, 27 de novembro de 2024, quando foi flagrado com outros dois homens com materiais desviados de forma fraudulenta, usados em sistemas de energia solar. Ele estava em prisão domiciliar desde janeiro deste ano, após ser diagnosticado com câncer.