ECONOMIA
Produtores de cana de Alagoas calculam prejuízo de mais de R$ 340 mi na safra
Colheita está atrasada com cerca de 2 a 3 milhões de toneladas de cana ainda no campo
A safra de cana-de-açúcar em Alagoas corre o risco de ser comprometida devido às fortes chuvas que atingiram o estado. Produtores estimam prejuízos de mais de R$ 340 milhões e afirmam que a condição climática atrasou a moagem, deixando cerca de dois milhões de toneladas de cana no campo, podendo não ser colhidas.
Segundo levantamento da Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas publicado na revista PA News, a colheita está atrasada com cerca de 2 a 3 milhões de toneladas de cana ainda no campo. Além disso, a incidência de pragas nos canaviais, principalmente da Cigarrinha, foi maior neste ano devido ao excesso de chuvas, afetando a qualidade da cana e dificultando ainda mais a produção.
Outra questão levantada pelos produtores é a falta de mão-de-obra para a colheita, especialmente em terrenos mais acidentados. Boa parte dos trabalhadores que antes atuavam no corte da cana tem migrado para outras atividades, o que agrava a situação.
Dados da Asplana mostram que apenas 37% da área plantada no estado é colhida mecanicamente, evidenciando a necessidade de mais investimentos em mecanização para lidar com situações como esta.
O período de moagem de cana em Alagoas vai até o dia 31 de março, mas a expectativa é que o calendário se estenda até a segunda quinzena de abril se as chuvas derem uma trégua. No entanto, caso a situação persista, a moagem pode ficar para a próxima safra, o que prejudicaria ainda mais o setor.
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