CALAMIDADE PÚBLICA
Desastres naturais custaram R$ 12,3 milhões a Alagoas em uma década
Estado é segundo no país em número de desabrigados por enchentes e inundações
Municípios de Alagoas registraram 1.061 decretos de anormalidades em função de desastres naturais ocorridos na última década, entre 2013 e 2023. Essas ocorrências muitas vezes escondem a ausência de políticas públicas de habitação, saneamento básico, infraestrutura e mostram o descaso de gestores e população com o meio ambiente. No período, os prejuízos materiais decorrentes dos fenômenos custaram ao Estado R$ 12,3 milhões. Desse valor, R$ 7,9 milhões foram prejuízos causados por chuvas e R$ 4,1 milhões pela seca. Não há como mensurar, no entanto, o custo de um desastre para famílias vitimadas.
Os efeitos dos desastres ocasionados na década foram revelados num estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM) publicado este mês de março. O estudo concluiu que entre janeiro de 2013 e fevereiro de 2023 as ocorrências classificadas como desastre resultaram em prejuízos financeiros de R$ 401,3 bilhões no país e que, por outro lado, a União destinou apenas R$ 4,9 bilhões para ações de gestão de riscos dos desastres. O valor é 1,2% do total dos gastos contabilizados ao longo de uma década.
Para Alagoas, a União deslocou nos dez anos pouco mais de R$ 100 milhões para ações de defesa civil. O estado, infelizmente, ocupou o 2º lugar nacional em números de desabrigados por enchentes e inundações, um total de 93.284 pessoas e outros 163.821 desalojados pela mesma causa. Acima disso, a maior quantidade de vítimas de desastres no período esteve no Amazonas (222.992 pessoas). Ao todo, 808 mil pessoas ficaram desabrigadas no país em função de calamidades na última década. Já em relação ao número de pessoas desalojadas, o estudo da CNM apurou que 3,4 milhões pessoas foram obrigadas a abandonar temporária ou definitivamente sua habitação.
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