JOGO DE PODER

Acordo bilionário da Braskem acirra disputa entre Renan e Lira

Dinheiro vira ‘elemento novo’ na briga pela sucessão municipal
Por Odilon Rios - Especial para o EXTRA 29/07/2023 - 06:26
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Divulgação
Renan e Lira
Renan e Lira

Homologado na Justiça Federal, o acordo entre a Prefeitura de Maceió e a Braskem já projeta transformar a capital num gigantesco celeiro de obras. Obras significam geração de empregos, dinheiro circulando entre empreiteiras, aumento da popularidade do gestor e da gestão, apoios políticos. O prefeito JHC (PL) tem pela frente uma reeleição praticamente garantida. Mas ele quer ser o próximo governador. 

Daí precisará de mais gente no grupo, mais partidos, para mais tempo de TV no guia eleitoral. Jota vem encontrando barreiras em Brasília para dar visibilidade à capital junto ao orçamento federal. Ele é filiado ao partido cuja maior estrela é o ex- -presidente Jair Bolsonaro, ferrenho opositor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Conta quase que exclusivamente com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), nestas tratativas junto à União. 

Assim, o dinheiro da Braskem é considerado “elemento novo”, sob controle do gabinete do prefeito. No lado calheirista, as reações para a homologação deste acordo são variadas. Mas, navegam no mesmo mar: o das críticas. O senador Renan Calheiros (MDB) disse que este acordo é excludente. “Querem tirar o corpo fora, na última hora, de décadas de lucros irresponsáveis à custa do meio ambiente e de 200 mil vítimas”. 

E pediu a convocação dos executivos e conselheiros da fábrica “para depor no Senado sobre o desastre e como ressarcir também o Estado e todas as vítimas”. O secretário executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, contesta os números apresentados pela Prefeitura. A indenização máxima para Maceió, como disse, é de R$ 360 milhões (celebrado em 2022) para reparação urbanística e R$ 198 milhões para reparação social. 

“Assim, temos R$ 558 milhões, menor que os 700 milhões já provisionados pela Braskem”, explica. Os R$ 1,7 bilhão estão dentro do que Santoro chama “custos assumidos”. Ou seja: recuperação ambiental da área afundada além de outros custos. E um fato revelante: a Braskem passou a ser a dona dos bairros afetados e o solo vai, aos poucos, sendo estabilizado.

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