Calheiros terá de dividir Novo PAC com Lira

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), entregou a aprovação das novas regras fiscais para o controle das finanças do governo – substituindo o teto de gastos – mas derrubou artigo que permitia ao governo aumentar os gastos em R$ 40 bilhões em 2024, com projeção de inflação.

A medida aumentaria os recursos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que vai cada vez mais dependendo de emendas parlamentares para ser executado. Ou seja: tira do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o exclusivismo e as digitais do programa federal e entrega ao relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o deputado federal Danilo Forte (União Brasil-CE) – aliado de Lira – os ajustes para inclusão deste dinheiro no orçamento do próximo ano, com deputados e senadores definindo os destinos do Novo PAC.

É como se fosse uma compensação: o governo aceitou entregar alguns anéis, preservando os dedos. O Ministério do Desenvolvimento Social será assumido pelo Centrão, mas sem o Bolsa Família. São 9,3 milhões de famílias no Nordeste cadastradas neste programa social, considerado um dos maiores do mundo em transferência de renda e que, em junho, pagou R$ 705, em média, por família.

Confira na íntegra, já nas bancas!