BAIRROS AFUNDANDO
CPI da Braskem pode respingar na Petrobras e na antiga Odebrecht
Empresas são as maiores acionistas da petroquímica
Criada na terça-feira, 24, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem também deve apurar a conduta da Petrobras e da Odebrech, atualmente chamada de Novodor.
A fala é do senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), parlamentar que uma cadeira de membro no colegiado, em entrevista à revista Oeste, publicada nesta sexta-feira, 27.relacionadas_esquerda
“Essa também vai ser a CPI da Petrobras e da Odebrecht”, declarou Cunha em entrevista a Oeste. “A Petrobras tem 36% das ações da Braskem. O flanco está aberto. Todos vão querer se aprofundar.”
A Petrobras possui 36% das ações da empresa, e a Novodor — antiga Odebrecht –, quase 40%. São, praticamente, as maiores acionistas. A Odebrecht é um dos pivôs do escândalo que ficou conhecido como Petrolão, durante os governos petistas, e revelado a partir de 2014 nas investigações da Operação Lava Jato.
A CPI é de autoria do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que apresentou o requerimento em setembro deste ano e viu o governo orientar os senadores da base a não assinarem o documento.
Ao fim e ao cabo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), leu o pedido de Renan, apesar de Cunha ter apontado a suspeição do senador nas investigações do colegiado.
“O senador Renan foi presidente da Salgema durante dois anos”, argumentou Cunha em entrevista a Oeste. Entre 1993 e 1994, de fato, Renan comandou a empresa, que, em 1996, passou a se chamar Trikem e, em 2002, se tornou a Braskem.
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