168 ÓBITOS EM 2022

Alagoas registra alta de 16,2% no índice de mortalidade por aids em uma década

Entre as capitais do país, Maceió registrou 8,8 mortes para cada 100 mil habitantes no ano passado, número maior que à taxa nacional
Por Ministério da Saúde 11/12/2023 - 15:24

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Símbolo da luta contra a aids
Símbolo da luta contra a aids

Nos últimos dez anos, Alagoas registrou aumento de 16,2% no coeficiente de mortalidade por aids, que passou de 3,7 para 4,3 óbitos por 100 mil habitantes. Em 2022, o estado registrou 168 óbitos tendo o HIV ou a aids como causa básica, 43,5% mais do que os 117 óbitos registrados em 2012. Entre as capitais do país, Maceió registrou 8,8 mortes para cada 100 mil habitantes no ano passado –número maior que à taxa nacional. As informações são do novo Boletim Epidemiológico sobre HIV/aids apresentado pelo Ministério da Saúde, que também aponta taxa de detecção de aids em Alagoas de 18,3 casos por 100 mil habitantes. Maceió detectou 33,5 casos.

Em relação à detecção do HIV, em 2022, o documento mostra que foram notificados 43.403 casos em todo o país, sendo 11.414 no Nordeste e 637 em Alagoas. A taxa de gestantes infectadas pelo HIV na capital alagoana é de 6,4 (casos por mil nascidos vivos). O diagnóstico em gestantes é fundamental para que as medidas de prevenção possam ser aplicadas de forma eficaz e consigam evitar a transmissão vertical do vírus.

Cenário nacional


A queda no coeficiente de mortalidade por aids na última década foi identificada a nível nacional, passando de 5,5 para 4,1 óbitos por 100 mil habitantes. Em 2022, o Ministério da Saúde registrou 10.994 óbitos tendo o HIV ou aids como causa básica, 8,5% menos do que os 12.019 óbitos registrados em 2012. Apesar da redução, cerca de 30 pessoas morreram de aids por dia no ano passado.

Critério raça/cor


Do total de óbitos no Brasil em 2022, 61,7% foram registrados entre pessoas negras (47% em pardos e 14,7% em pretos) e 35,6% entre brancos. Os dados reforçam a necessidade de considerar os determinantes sociais para respostas efetivas à infecção e à doença, além de incluir populações chave e prioritárias esquecidas pelas políticas públicas nos últimos anos. Ainda segundo o boletim, na análise da variável raça/cor, observou-se que, até 2013, a cor de pele branca representava a maior parte dos casos de infecção pelo HIV. Nos anos subsequentes, houve um aumento de casos notificados entre pretos e, principalmente, em pardos, representando mais da metade das ocorrências desde 2015.

Para aprimorar os indicadores de saúde e guiar políticas públicas de combate ao racismo, redução das desigualdades e promoção da saúde ao longo dos próximos anos, o Ministério da Saúde tornou obrigatório o preenchimento do campo raça/cor no Cartão Nacional de Saúde, o cadastro do cidadão no SUS. A partir de 2023, os sistemas não permitem mais o registro ‘sem informação’, em mais um passo pela igualdade racial no país, uma das prioridades do governo federal.


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