DANO AMBIENTAL
PF fará análise independente sobre danos da mina da Braskem à Lagoa Mundaú
Informação foi confirmada durante coletiva sobre a operação Lágrimas de SalA Polícia Federal informou durante coletiva à imprensa nesta quinta-feira, 21, que fará uma análise independente com seus próprios peritos para analisar possíveis danos do rompimento da mina 18, da Braskem, no bairro do Mutange, na Lagoa Mundaú.relacionadas_esquerda
Na segunda-feira, 18, especialistas na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) afirmaram que a qualidade da água da Lagoa Mundaú permanece inalterada após o rompimento da mina ocorrido no último dia 10.
A análise independente surge pelo fato da Braskem financiar o projeto da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) que monitora a lagoa Mundaú, cujo coordenador é o professor Emerson Soares.
“Temos nossos peritos que irão realizar análises”, afirmou a superintendente da Polícia Federal em Alagoas, Luciana Paiva Barbosa
O contrato para monitorar a lagoa Mundaú foi firmado entre a Braskem e a UFAL em janeiro deste ano. Emerson é um dos coordenadores do projeto, por meio do Laboratório de Aquicultura e Ecologia Aquática.
Operação Lágrimas de Sal
A Polícia Federal fez buscas na sede da Braskem, em Maceió, na manhã desta quinta-feira, 21, em uma investigação sobre o afundamento de bairros causado pela mineração de sal-gema feita pela empresa em Maceió.
Segundo a PF, há indícios de que as atividades da Braskem na capital alagoana não seguiram os parâmetros de segurança previstos. Além disso, há suspeita de apresentação de dados falsos e de que informações foram omitidas dos órgãos de fiscalização.
Ao todo, são cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em Maceió (11), Rio de Janeiro (2) e Aracaju (1).
Em nota, a Braskem informou que está acompanhando a operação da PF e disse que "está à disposição das autoridades, como sempre atuou. Todas as informações serão prestadas no transcorrer do processo".
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