Volta aos trabalhos no Senado também retoma pressão por CPI da Braskem

Na próxima semana, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) retorna às atividades do Senado com um foco claro na CPI da Braskem, uma iniciativa que ele mesmo propôs. Calheiros está em busca de persuadir os governistas a apoiá-lo como o relator da CPI, porém, muitos senadores argumentam que a relatoria deveria ser atribuída a alguém "sem interesses específicos".

Há preocupações entre alguns senadores de que Calheiros possa usar a plataforma da CPI para atacar seu rival Arthur Lira (PP-AL). A rivalidade entre o clã Calheiros e Lira é o ponto central da investigação. A Braskem fechou um acordo de indenização bilionário com a prefeitura de Maceió, liderada pelo prefeito JHC (PL), aliado do presidente da Câmara. Renan Calheiros argumenta que o acordo deveria ter sido feito com o Estado de Alagoas, representado pelo seu protegido político Paulo Dantas (MDB).

A CPI tem o potencial de questionar o uso dos mais de R$ 1,7 bilhão pela prefeitura, já que qualquer irregularidade descoberta no acordo pode resultar no cancelamento da indenização.

Caso não consiga a posição de relator, o senador almeja a primeira-vice-presidência da CPI. Nesse sentido, Calheiros já concordou com o atual primeiro-vice, Jorge Kajuru (PSB-GO), em realizar a troca de cargos. Enquanto isso, os governistas estão apostando no petista Rogério Carvalho (PT-SE) para a relatoria.

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