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Pronunciamento de Lula sobre conflito na Faixa de Gaza gera debate na ALE

Cabo Bebeto e Ricardo Barbosa protagonizaram discussão
Por Redação 20/02/2024 - 21:04

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Igor Pereira
Cabo Bebeto e Ricardo Barbosa protagonizaram discussão
Cabo Bebeto e Ricardo Barbosa protagonizaram discussão

A fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparando as ações militares de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto contra judeus da 2ª Guerra Mundial teve ampla repercussão no Brasil e no exterior. O comentário fez o governo de Israel declarar Lula persona non grata no país. Em resposta, o governo brasileiro convocou de volta ao país o embaixador de Tel Aviv “para consultas”. A declaração do presidente repercutiu também na sessão da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE-AL) desta terça-feira, 20. 

O primeiro a se pronunciar sobre o assunto foi o deputado Cabo Bebeto (PL), que informou ter apresentado uma Moção de Repúdio à fala do presidente.“Peço o apoio de todos para a aprovação dessa moção. Um discurso irresponsável em que ele compara o que vem acontecendo na Faixa de Gaza com o Holacausto no regime nazita de Hitler. Fala infeliz, incorreta e desproporcional, que cria também uma animosidade internacional com Israel. Vamos mostrar o posicionamento democrático e responsável desta Casa”, disse Bebeto.


Numa posição contrária, o deputado Ronaldo Medeiros (PT) afirmou que o que acontece na Faixa de Gaza deve ser condenado por todos. “Israel, nestes 135 dias de guerra, já assassinou 29.398 palestinos e oito mil estão desaparecidos nos escombros. Isso é muito desproporcional, já que estamos vendo crianças, idosos, mulheres tendo que sair de suas residências. A Palestina está sendo dizimada. Israel tem controle da água, energia, comunicações e até dos alimentos que entram na região. O Governo brasileiro repudia a utilização desta força desproporcional contra os palestinos, que na sua grande maioria são inocentes. Lula não falou do povo judeu, falou do Governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que está dizimando a população palestina", afirmou o parlamentar.

Entenda o caso

Em entrevista coletiva durante viagem oficial à Etiópia, o presidente brasileiro classificou as mortes de civis em Gaza como genocídio, criticou países desenvolvidos por reduzirem ou cortarem a ajuda humanitária na região e disse que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”.

"Não é uma guerra entre soldados e soldados. É uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças", disse Lula.

A declaração gerou fortes reações do governo israelense. O primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, disse que a fala “banaliza o Holocausto e tenta prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender”.

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