POLÍCIA
Polícia prende falsa médica que atendia pessoas com câncer em Maceió
Denúncia do CREMAL levou a polícia a descobrir a criminosa que trabalhava há um ano na cidadeA Polícia Civil de Alagoas (PC-AL) prendeu nesta quarta-feira, 10, uma mulher que fazia atendimentos usando falso registro da profissão de médica e se fazia passar por especialista na área de nutrologia direcionada a pacientes com câncer, atendendo pacientes em consultório luxuoso no empresarial Harmony Medical Center, no bairro da Jatiúca. A prisão aconteceu após denúncia da prática ilegal do exercício profissional pelo Conselho Regional de Medicina de Alagoas.
A delegada Luci Mônica do 2º Distrito Policial da Capital (2º DP), conduziu as investigações que culminaram na prisão da falsária, que não teve a identidade revelada, mas cujo nome tem as iniciais H.O. A falsa médica atuava há mais de um ano em Maceió, mas não foi presa, garantindo a liberdade após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência. O fato não foi explicado pela Polícia Civil, apesar dos riscos - inclusive de morte -que a mesma tenha submetido à população que buscou assistência com ela. A falsa médica será indiciada e responderá em liberdade.
À imprensa, o Conselho Regional de Medicina divulgou nota relatando o caso, confirmando a detenção da suposta criminosa. Segundo o CRM/AL a mulher não tinha nenhum registro ou inscrição como profissional de medicina no país. "Em suas redes sociais, [a mulher] dava dicas de emagrecimento saudável e diversas doenças. No consultório foram apreendidos receituários, carimbo e solicitações de exames, a suposta falsa médica cometia o crime pelo menos há um ano. Em seu depoimento, a acusada informou que seu registro era do Rio Grande do Sul, informação checada e atestada como falsa. Ela segue prestando esclarecimentos e será indiciada por exercício ilegal da medicina", segundo o CRM. O consultório onde a mulher recebia pacientes foi fechado pela polícia.
“Recebemos algumas denúncias e iniciamos a checagem dos dados, fizemos uma verdadeira varredura por todos os conselhos de medicina do país, onde verificamos a inexistência desse registro profissional [da mulher]. Queremos agradecer e parabenizar a atuação da polícia civil alagoana, na figura da delegada do 2° Distrito Policial, Dra. Luci Mônica, que nos atendeu de pronto com toda sua equipe, sendo possível interromper a atuação ilegítima da medicina em nosso estado”, afirma Dr. Benício Bulhões.
“Continuaremos vigilantes para que a sociedade seja protegida desses indivíduos que colocam a vida de inúmeras pessoas em risco. Esse é um dos papeis do Conselho de Medicina”, complementa o presidente.
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