SAÚDE

Alagoas não registra casos de cólera há 23 anos; entenda a doença

Estado chegou a investigar casos suspeitos em 2018
Por Com Assessoria 22/04/2024 - 19:38

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Carla Cleto / Ascom Sesau
Um dos locais mais propícios para a proliferação da dengue são aqueles onde não há saneamento básico
Um dos locais mais propícios para a proliferação da dengue são aqueles onde não há saneamento básico

A cólera voltou a ser registrada no Brasil após 18 anos sem diagnóstico positivo. Um caso foi a confirmado na semana passada em Salvador (BA), segundo informações do Ministério da Saúde. Em Alagoas, desde 2001, não há registros de casos autóctones da doença, ou seja, paciente que contraiu na própria cidade, sem viajar a outro lugar. Os últimos casos registrados em Alagoas aconteceram nos anos de 1992, 1993 e 1994 com mais de cinco mil registros.

Em 2018, a Secretaria de Saúde de Alagoas (Sesau) chegou a investigar três casos suspeitos de cólera. Eram duas crianças de Cajueiro e uma mulher de 67 anos de Atalaia. À época, a Superintendência de Vigilância em Saúde recolheu uma amostra da água de um rio no município de Porto Calvo que continha a bactéria. O material foi isolado e levado para análises no laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, entretanto, nenhum caso novo foi confirmado.

A cólera é uma infecção intestinal aguda que se espalha por meio de alimentos e água contaminados com fezes. Ela está ligada diretamente à higiene e ao saneamento básico. A doença pode ser apresentar de forma assintomática, causando diarreia leve ou da forma grave, com diarreia aquosa e profusa, com ou sem vômitos, dor abdominal e cãibras. E quando não tratada, pode levar a desidratação intensa, levando a graves complicações ou óbito.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que realiza monitoramento semanal para controle da doença. “Realizamos coletas de fezes que são encaminhadas para o Lacen/AL [Laboratório Central de Alagoas], para realização do agente patológico da doença. O controle é feito por meio do diagrama de controle, que vai demonstrar se aquele município está com risco de surto”, explicou a gerente de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis da Sesau, enfermeira Waldineia Silva.


Waldineia Silva explica que a cólera é transmitida por via fecal e oral, pela ingestão de água ou alimentos contaminados e por contato direto com pessoas ou objetos infectados. Ela ressalta que o tratamento da doença é realizado por meio da administração oral de líquidos, soro caseiro ou com soluções farmacológicas reidratantes. “Como a doença pode levar a um quadro grave de diarreia, é recomendado a hidratação efetiva para evitar que o quadro evolua e acabe levando a óbito”, frisou.

Para prevenção, a gerente da Sesau ressaltou que é necessário seguir medidas simples de higiene. “É preciso lavar bem as mãos antes e depois de ir ao banheiro, lavar bem os alimentos, evitar comer alimentos crus, além disso, sempre que utilizar transporte público fazer a higienização das mãos. Também é necessário usar hipoclorito nas frutas e verduras faz parte das medidas que previne o retorno da cólera ao Estado”, finalizou a gerente de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis da Sesau, Waldinéia da Silva.

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