MERCADO FINANCEIRO

Braskem: casa de análises recomenda compra de ações mesmo com riscos em AL

Relatório aponta o "evento geológico em Maceió" como um dos riscos enfrentados pela empresa
Por Redação 20/05/2024 - 09:03

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Afrânio Bastos
Braskem em Maceió
Braskem em Maceió

A casa de análises Suno publicou um relatório recomendando a compra de ações da Braskem (BRKM5), estabelecendo um preço teto de R$ 40,00 por ação. Na sexta-feira, 17, as ações da empresa foram negociadas a R$ 19,35 na bolsa de São Paulo. A Braskem é uma das maiores empresas do setor petroquímico do mundo.

O relatório aponta o "evento geológico em Alagoas" como um dos riscos enfrentados pela empresa. Mesmo com acordos feitos e R$ 5 bilhões provisionados para possíveis cobranças, o evento pode impactar negativamente os resultados da companhia.

A Braskem é controlada pela Novonor, antiga Odebrecht, que precisa se desfazer da Braskem por determinação judicial. Essa venda é necessária para pagar credores no âmbito do plano de recuperação judicial da Novonor.

Apesar das incertezas, o relatório destaca a forte geração de caixa da Braskem e a ausência de grandes investimentos no curto e médio prazo. Isso sugere boas perspectivas de retorno e a possibilidade de distribuição de proventos robustos, caso não ocorram eventos adversos relevantes.

A indicação de compra foi feita mesmo após a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem, criada no Senado para investigar os efeitos da responsabilidade jurídica e socioambiental da mineradora no afundamento do solo em cinco bairros de Maceió, confirmar as informações que envolvidos e interessados no assunto já conheciam sobre a maior tragédia urbana socioeconômica e ambiental do país.

O relatório final do colegiado, apresentado em reunião na quarta-feira, 15, pelo relator, o senador Rogério Carvalho (PT-SE), apontou a gigante mineradora como a responsável pelo evento cujo potencial destrutivo ainda é desconhecido, além da omissão dos órgãos públicos de fiscalização e de gestores no processo da mineração predatória praticada por quatro décadas na capital de Alagoas.

O relatório pede o indiciamento de 3 empresas e de 11 pessoas por crime ambiental, porém afirma que os elementos coligidos não foram suficientes para apontar a ocorrência de crimes como corrupção passiva, ativa e prevaricação, sugerindo a realização de novas diligências e investigações por outros órgãos. Foram indiciados a Braskem, como pessoa jurídica, e oito representantes da empresa, atuais ou que trabalharam anteriormente:


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