DATASENADO

82% das vítimas da Braskem estão insatisfeitas com os poderes públicos

Pesquisa ouviu 1.727 vítimas do afundamento dos bairros de Maceió
Por Redação 15/05/2024 - 18:37

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Afrânio Bastos
Pinheiro, bairro destruído pelo afundamento do solo
Pinheiro, bairro destruído pelo afundamento do solo

Uma pesquisa feita pelo Instituto DataSenado em parceria com o gabinete do senador Rogério Carvalho, relator da CPI da Braskem, aponta que 82% das vítimas da Braskem estão insatisfeitos ou muito insatisfeitos com as ações dos poderes públicos em relação ao desastre - 2% estão satisfeitos.

Sobre a qualidade de vida atual dos atingidos, o dado é impressionante: 0% dos entrevistados consideram ótima, 2% boa. 5% consideram boa a vida atual que levam e 30% estão insatisfeitos. Quanto ao endividamento após o desastre: 56% disseram que se encontram nessa situação, contra 44%.

A pesquisa visa complementar as informações obtidas pela CPI da Braskem e deve embasar e reforçar decisões e recomendações do colegiado. O levantamento ouviu 1.727 vítimas do afundamento dos bairros de Maceió, de 22 a 25 de abril.

Veja alguns números:

- 84% acham que a população diretamente afetada participou pouco ou nada dos acordos realizados com a Braskem por intermédio dos poderes públicos;
- 82% dos entrevistados se disseram insatisfeitos ou muito insatisfeitos com as ações dos poderes públicos em relação ao desastre (satisfeitos – 2%);
- 13%, apenas, dos consultados se disseram muito satisfeitos com os acertos feitos com a mineradora (pouco ou nada satisfeitos – 47% e 37%, respectivamente).
- 3% disseram que a Braskem compensou totalmente o dano causado à cidade ou em parte, 29%.

Quanto as regiões que não foram ou foram menos contempladas, eis a posição dos entrevistados:

- Flexal 46%
- Bom Parto 34%
- Chã de Bebedouro 27%
- Farol 22%
- Mutange – 13%
- Bebedouro 11%
- Pinheiro 7%
- Sanatório, 6%


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