OPERAÇÃO MALIGNO

Juiz autoriza pena domiciliar para mulher suspeita de liderar Orcrim

Grupo criminoso foi preso em operação deflagrada pelo MP de Alagoas na semana passada
Por Tamara Albuquerque 20/05/2024 - 15:21

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MPE/AL
Operação Maligno, deflagrada pelo Ministério Público de Alagoas
Operação Maligno, deflagrada pelo Ministério Público de Alagoas

Decisão do juiz plantonista João Luiz Azevedo Lessa, da Justiça de Alagoas, autorizou a soltura e cumprimento de pena domiciliar de Hianne Maria da Costa Pinto, esposa do advogado Frederico Benigno Simões, casal apontado como líder de uma organização criminosa que lesou em pelo menos R$ 240 milhões os cofres públicos de prefeituras de Alagoas num período de três anos. A decisão do juiz foi anunciada após audiência de custódia.

A operação foi deflagrada pelo Ministério Público de Alagoas, recebeu o nome de Maligno e foi realizada na semana passada com a participação de órgãos da Segurança, deixando um saldo de cinco presos e apreensões materiais, como o Porsche Carrera 911, que foi do jogador Daniel Alves (avaliado em R$ 828 mil), duas Land Rovers que estavam na casa do casal e mais aparelhos celulares, documentos e equipamentos eletrônicos.

O juiz substituiu a prisão preventiva de Hianne por prisão domiciliar sob argumento de que ela precisa cuidar do filho de 2 anos. A jovem só poderá deixar a residência com autorização judicial. O casal foi preso junto com outras três pessoas.

A organização criminosa fraudava licitações e contratos públicos, que assinou com pelo menos 20 gestores municipais no estado, e cometia lavagem de dinheiro, entre outros crimes. A “Operação Maligno” não se limitou às apreensões. O MP conseguiu, junto à 17ª Vara Criminal da Capital, o bloqueio e sequestro de bens dos envolvidos no valor de R$ 46 milhões, visando neutralizar o alcance financeiro da rede criminosa. Este bloqueio é um esforço para reaver os ativos desviados e mitigar os danos causados à administração pública.

Frederico Simões, esposo de Hianne, é considerado pelo Ministério Público como líder do esquema. Os presos envolvidos no esquema são acusados pelos crimes de peculato, fraude em licitações e contratos, falsidade ideológica, desvio e lavagem de dinheiro público, dentre outros ilícitos penais.


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