JUSTIÇA

TJ julga recurso da Rede Globo que pode encerrar parceria com a TV Gazeta

Processo vai a julgamento nesta quinta-feira pela 3ª Câmara Cível após sucessivos adiamentos
Por Tamara Albuquerque 05/06/2024 - 13:10

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Divulgação
TV Gazeta, em Maceió, continua funcionando como afiliada da Rede Globo
TV Gazeta, em Maceió, continua funcionando como afiliada da Rede Globo

O Tribunal de Justiça de Alagoas deve decidir nesta quinta-feira,6, se a TV Gazeta, de propriedade do ex-senador Fernando Collor de Mello, pode seguir como afiliada da TV Globo. O recurso da empresa carioca contra a decisão judicial de primeiro grau que manteve o contrato com a empresa alagoana deveria ter sido analisado pela 3ª Câmara Cível no dia 2 de maio. 

A empresa de Collor argumenta que, sem o aporte financeiro da Globo, não conseguiria pagar dívidas de seu plano de recuperação judicial e também anunciou demissão em massa, com a extinção de 219 dos 279 postos de trabalhos existentes, se o contrato for encerrado. Segundo os representantes da empresa de Collor, com os custos das rescisões a Organização Arnon de Mello entrará em processo de falência.

A TV Gazeta é afiliada da Globo desde 1975, há 49 anos. A Globo alegou na justiça que não quis renovar contrato com a TV Gazeta, destacando decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que condenou Collor por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em esquema no qual utilizava a TV Gazeta para receber propina. 

Em recuperação judicial desde 2019, a TV Gazeta enfrenta investigações por supostos crimes falimentares relacionados ao plano de recuperação aprovado pelos credores.

A emissora carioca também firmou acordo, ainda informal, com a TV Asa Branca para ser a nova afiliada em Alagoas. O recurso da Globo é contra a decisão do juiz de primeiro grau da 10ª Vara Cível da Capital Leo Denisson de Almeida, que a obriga manter a afiliada por mais cinco anos, apesar do término do contrato entre ambas ter vencido em dezembro do ano passado.

O julgamento será conduzido pela juíza Fátima Pirauá, substituta do desembargador Alcides Gusmão no processo, que se declarou suspeito de participar do julgamento.


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