ECONOMIA

Alagoas tem o 7º maior volume de furto de energia do país, diz Aneel

No Nordeste, os ´gatos` colocam o estado em 2º lugar em energia fornecida e não faturada
Por Tamara Albuquerque 08/06/2024 - 08:27

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Assessoria
Furto de energia elétrica, conhecido como “gato” e ao ato de fraudar medidores são crimes
Furto de energia elétrica, conhecido como “gato” e ao ato de fraudar medidores são crimes

O furto de energia elétrica bateu recorde no Brasil em 2023. Os “gatos” ou perdas não técnicas cresceram 20% no último ano e atingiram 40,8 TWh (terawatts por hora). O problema tem impacto direto na contas de energia dos consumidores, pois resulta numa tarifa mais alta. Em Alagoas, os gatos correspondem a 17,20% da energia fornecida e não faturada, um percentual que coloca o estado em 7ª posição em relação aos demais. 

No Nordeste, Alagoas está em segundo lugar em percentual de perda de energia com os gatos. Pernambuco lidera com (22,20%) seguido por Ceará (15,60%), Bahia (14,20%), Maranhão (11,90%), Piauí (11%), Paraíba (7,40%), Sergipe (4,40%) e Rio Grande do Norte (3%).

Um levantamento foi feito pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) a partir de dados da Agência Nacional de Energia Elétrica mostra que em 2022, os furtos de energia tinham somado 34,2 TWh e que em 15 anos, o volume furtado acumula mais de 500 TWh (ou 500 milhões de MWh). O furto de energia por consumidores de Alagoas chega a 0,44 TWh. 

Em volume furtado, as distribuidoras do Rio de Janeiro (11,27 TWh) e São Paulo (6,98 TWh) são as que mais perdem energia. Porém, em análise por Estado, o Amazonas continua sendo o líder absoluto em taxa de perdas. O total furtado no Estado é superior ao mercado de baixa tensão da companhia local.

A Aneel define anualmente uma meta para o índice de perda não técnica de cada concessão, mas a cada ano o índice real de furto fica mais distante do limite regulatório. Em 2023, foi furtado o equivalente a 16,9% da energia efetivamente fornecida e faturada no país. A meta era 10,6%.


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