CUIDADO

Saúde alerta para alta incidência de caramujos africanos na quadra chuvosa

UVZ está recebendo 15 solicitações por semana para orientações de controle entre a população
Por Assessoria 15/06/2024 - 11:51

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Carla Cleto / Ascom Sesau
Moluscos devem ser coletados sempre com uma proteção nas mãos, como luvas descartáveis ou sacolas plásticas
Moluscos devem ser coletados sempre com uma proteção nas mãos, como luvas descartáveis ou sacolas plásticas

Durante o período chuvoso, é comum notar a presença de caramujos africanos em vários lugares. O excesso de umidade é favorável para o desenvolvimento do molusco, responsável por causar impactos tanto à biodiversidade quanto à saúde pública, podendo transmitir doenças à população, como a angiostrongilíase meningoencefálica humana e a angiostrongilíase abdominal.

Por isso, a Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alerta aos maceioenses para que fiquem atentos ao encontrar essa espécie em algum ambiente, a fim de que seja feito o correto manuseio do molusco.

Segundo Carlos Fernando Rocha, biólogo e responsável técnico do Laboratório de Entomologia da UVZ, o caramujo africano é uma praga que está presente em todo e qualquer terreno que tenha o mínimo de vegetação, e em Maceió não é diferente. Por isso, é preciso tomar os cuidados necessários para evitar o contato com esse molusco.

“Atualmente, o caramujo africano é reconhecido como uma das piores espécies invasoras em todo o mundo porque causa impactos ambientais, econômicos e de saúde pública. A Organização Mundial de Saúde classifica esse animal como uma das 100 piores pragas do mundo.

Em Alagoas e, principalmente Maceió, o molusco está amplamente disseminado. Praticamente em todo terreno com o mínimo de vegetação, eles estão presentes”, destaca o profissional.

O biólogo ainda ressalta que o período chuvoso (de abril a julho) é propício para a proliferação do caramujo africano. Nesta época do ano, as ocorrências aumentam de forma significativa, sendo uma média de 15 solicitações por semana.

“No período da quadra chuvosa, recebemos uma média de quinze solicitações por semana, sendo duas ou três por dia. É um número considerável, e isso se deve ao volume de chuvas, que esse ano está bem maior”, revela.

Contudo, Carlos Fernando Rocha reforça que a UVZ possui um canal de comunicação para ocorrências relacionadas à espécie, com o objetivo de passar as orientações necessárias à população para realizar o controle do molusco.

“A UVZ tem um canal para o cidadão enviar sua mensagem, relatando o tipo de terreno e vegetação em que os caramujos estão. A partir dessas informações, o biólogo responsável pelo laboratório de Entomologia responde com todas as orientações necessárias para que a pessoa realize o controle dessa praga”, acrescenta o biólogo.


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