Nesta sexta-feira, 31, o Brasil celebra o Dia do Saci, data criada para valorizar o folclore nacional e reafirmar as tradições culturais diante da crescente popularidade do Halloween, festejado no mesmo dia. 

O personagem símbolo da data, o Saci-Pererê, é uma das figuras mais emblemáticas da cultura popular brasileira — um menino de uma perna só, travesso, fumando seu cachimbo e usando um gorro vermelho mágico que lhe permite desaparecer e reaparecer quando quer.

A comemoração foi instituída oficialmente em 2003, por meio da Lei Federal nº 2.762, e tem como objetivo incentivar escolas, instituições culturais e meios de comunicação a promoverem atividades que resgatem as histórias, lendas e personagens do imaginário popular, como o Curupira, a Iara, o Boitatá e o Boto cor-de-rosa. 

A origem do personagem remonta às tradições indígenas, que descreviam um pequeno ser brincalhão das matas. Com o passar do tempo, o mito incorporou elementos africanos — como o gorro e o cachimbo — e europeus, formando o Saci que conhecemos hoje, síntese das três matrizes que compõem a cultura nacional.

Em tempos de globalização, o Dia do Saci se torna também uma defesa simbólica da soberania cultural brasileira. Enquanto o Halloween cresce como produto da indústria do entretenimento, o Saci se firma como uma celebração da imaginação popular e da mistura de povos que formou o Brasil.