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Lideranças do CV em Alagoas vivem no Rio e comandam crimes à distância

Nem Catenga, 99 e “primeira-dama do crime” controlam rede de tráfico
Por Redação 31/10/2025 - 09:48
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Reprodução/Redes sociais
99 e Nem Catenga são apontados como lideranças do Comando Vermelho em Alagoas
99 e Nem Catenga são apontados como lideranças do Comando Vermelho em Alagoas

A Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP-AL) identificou as principais lideranças do Comando Vermelho (CV) no estado, atualmente refugiadas no Rio de Janeiro. Entre os nomes estão José Emerson da Silva, o Nem Catenga, e Kayo Nascimento de Magalhães, conhecido como 99, “Cabra” ou “Rafinha”. Ambos são apontados como chefes do tráfico de drogas em Alagoas e estariam escondidos no Complexo do Alemão, de onde comandam operações criminosas à distância.

A revelação ocorre após a megaoperação policial realizada na última terça-feira, 28, nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio, que terminou com 121 mortos, incluindo quatro policiais. Embora haja suspeitas de que criminosos de Alagoas estejam entre os alvos, não há informações oficiais sobre prisões ou mortes.

Nem Catenga: o “chefe” alagoano no Alemão

Com 40 anos, Nem Catenga é considerado pela SSP-AL o principal líder do Comando Vermelho em Alagoas. Foragido há seis anos, ele comanda o tráfico local de dentro do Rio de Janeiro. Segundo as investigações, Nem mantém vida de luxo na capital fluminense e é alvo de vários mandados de prisão por tráfico de drogas, homicídio, lesão corporal e latrocínio.

99: braço direito e executor

O segundo nome mais importante do grupo é Kayo Nascimento de Magalhães, de 25 anos. Conhecido por múltiplos apelidos — “99”, “Cabra” e “Rafinha” —, ele atua como braço operacional de Nem Catenga em Rio Largo, Satuba, Santa Luzia do Norte e Maceió. Kayo também é investigado por execuções e atentados ocorridos na capital alagoana em 2024, especialmente no bairro da Cambona. Assim como o chefe, tem mandados por tráfico, homicídio e latrocínio.

Núbia Taciana: a “primeira-dama do crime”

A esposa de Nem, Núbia Taciana Freire da Silva, é descrita pela SSP-AL como a gestora das atividades criminosas do marido. Inteligente, articulada e vaidosa, Núbia assumiu papel de liderança no esquema de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. Ainda segundo a polícia, ela coordena “laranjas”, antecipa operações e administra empresas de fachada que movimentam recursos do tráfico.

Zé Dirceu: o segundo na hierarquia

Outro nome citado pelas autoridades é o de Zé Dirceu, apontado como segundo na linha de comando do CV em Alagoas. Também instalado no Alemão, ele atua em conjunto com Nem Catenga nas decisões sobre o tráfico e as finanças da facção no estado.

A SSP-AL reforça que o grupo liderado por Nem e Núbia representa a cúpula do Comando Vermelho em Alagoas, com ramificações em diversos municípios e conexões interestaduais, principalmente com o Rio de Janeiro.


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