SEM PREVENÇÃO

Dengue em Alagoas se aproxima de 9 mil casos e combate ao mosquito fracassa

Greve dos gentes de combate às endemias, desde 2022, gera impacto negativo no controle da doença
Por Tamara Albuquerque 21/06/2024 - 10:44

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Agentes de endemias trabalhando para erradicar criadouros de mosquito
Agentes de endemias trabalhando para erradicar criadouros de mosquito

Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba lançou um alerta urgente à população após dados recentes revelarem um aumento alarmante nos casos de arboviroses em 2024. Com mais de 7 mil casos registrados até o momento, o estado enfrenta uma situação preocupante no combate à dengue, chikungunya e zika vírus. Segundo a secretaria, os números mais recentes indicam 6.259 casos prováveis de dengue, 741 de chikungunya e 86 de zika. Este aumento drástico coloca 74,4% dos municípios paraibanos em estado de alerta ou risco para essas doenças.

Em Alagoas, os gestores da saúde orientam à população, em matérias institucionais, para evitar aumento de casos dessas arboviroses em medidas de controle, mas não ligou o sinal de alerta urgente para despertar os habitantes sobre gravidade do cenário atual. 

O mais recente boletim do Ministério da Saúde mostra o estado com 8.790 casos de dengue com 6 óbitos confirmados e outros 9 óbitos em investigação. O número supera a quantidade de casos do estado vizinho e sugere quadro mais grave em função da existência de óbitos.

Em relação à chikungunya, foram notificados 256 casos e 1 óbito em investigação. O boletim também aponta 45 casos de zika entre os alagoanos. Na Paraíba o governo, em parceria com as Forças de Segurança da Paraíba, incluindo a Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), implantou uma ação que pode dar bons resultados: o uso de drones para localizar criadouros do mosquito Aedes aegypti em locais de difícil acesso.

Enquanto isso, em Maceió, que detém o maior número de casos de dengue, os agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de combate às endemias (ACE) paralisaram as atividades em greve que já ultrapassa 600 dias, deflagrada em 2022 e que até agora só mostrou diálogos frustrados e uma longa batalha jurídica contra a Prefeitura de Maceió. As duas categorias trabalham com esclarecimentos da população sobre as arboviroses e identificação dos focos do mosquito nas residências.

As categorias reivindicam a aplicação da Emenda Constitucional 120, de 5 de maio de 2022, que dispunha de um piso nacional de dois salários mínimos às duas categorias, cabendo à União arcar com o provento. A emenda acrescenta, ainda, que cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer, além de outros consectários e vantagens, incentivos, auxílios, gratificações e indenizações, a fim de valorizar o trabalho desses profissionais.

O problema, segundo o site Mídia Caeté, que ouviu os profissionais, é que a prefeitura insiste em produzir uma manobra que termina por transformar o piso dos agentes em teto, ao considerar os incentivos como parte já contabilizada dentro dos dois salários. O resultado disso é um desfalque na aposentadoria e no Plano de Cargos e Carreiras dos servidores, segundo os profissionais. 

 


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