O recesso parlamentar  termina na quarta-feira da próxima semana, dia 31, e o Senado retorna às atividades com a participação de suplentes cumprindo as funções parlamentares. Diversos titulares das cadeiras estarão afastados para concorrer às eleições municipais, cujo primeiro turno é em 6 de outubro.

Pelo regimento interno da Casa, os suplentes assumem o cargo quando o senador tiver que se ausentar por mais de quatro meses, já que as licenças para fins particulares são permitidas por, no máximo, 120 dias e não são remuneradas. Alguns suplentes assumiram as cadeiras já na véspera do recesso, no dia 17, e outros aguardam o fim das convenções partidárias, em 5 de agosto, para ocupar os cargos. Nas convenções as siglas decidem sobre coligações e escolhem os candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador nas eleições de outubro.

Em Alagoas, o senador Rodrigo Cunha (Podemos) deve se licenciar em breve. O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), o JHC, Já sinalizou que o parlamentar é o nome escolhido como vice na sua candidatura à reeleição. O nome de Cunha como vice é bem visto e se encaixa nos planos do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), de tentar candidatura ao Senado em 2026.

Lira disse em entrevista ao Globo que apoiará a candidatura de JHC para a prefeitura de Maceió, mesmo sem indicar o vice para a chapa. Segundo ele, a aliança já está formada e JHC, por ser bem avaliado, tem a liberdade de escolher quem quiser para ocupar o posto. De acordo com o deputado, a articulação "mira as eleições de 2026, ano em que pode ser candidato ao Senado com o apoio do grupo político do atual prefeito da capital alagoana".

Além disso, a suplente que assumirá no lugar de Cunha será Eudócia Caldas (PL), a mãe de JHC. As pesquisas mostram que o prefeito de Maceió está isolado na frente na preferência dos eleitores. Segundo levantamento do instituto Paraná Pesquisas, divulgado no fim do último mês, JHC figurava no topo das intenções de voto, com 54,4%.