As torcidas organizadas Comando Alvirubro (CRB) e Mancha Azul (CSA) podem retornar às atividades, após seis meses de suspensão, e voltar a frequentar os estádios em Alagoas. A determinação é do colegiado de juízes da 17ª Vara Criminal da Capital, que entendeu não haver provas suficientes para corroborar as acusações do Ministério Público Estadual (MPE) de que as torcidas agem como organizações criminosas.

Os juízes também autorizaram, em decisão adotada no último dia 30 de julho, a reabertura das sedes das torcidas organizadas e o retorno das postagens nos perfis em redes sociais, especialmente no Instagram. Ficou determinado pela justiça que as torcidas terão de volta o material apreendido pela polícia durante a operação Red Blue, deflagrada em dezembro do ano passado.

Na ocasião, o diretor de Polícia Judiciária da Capital e Metropolitana, delegado Lucimério Campos, informou que as investigações que culminaram na operação foram iniciadas há um ano, em 2022, após atos violentos que mutilaram pessoas aleatórias em consequência da explosão de bombas caseiras espalhadas pelas ruas da capital e também depois de crimes contra torcedores do Centro Sportivo Alagoano (CSA) e do Clube de Regatas Brasil (CRB).

A decisão dos juízes da 17ª Vara Criminal da Capital também beneficiou diretamente 12 pessoas acusadas no processo de crimes como associação para o tráfico de drogas, organização criminosa e uso indevido de símbolos oficiais. Essas pessoas serão liberadas, porém, algumas delas permanecerão presas por responderem por outros crimes.

O Ministério Público Estadual ainda pode recorrer da decisão, mas, aguarda a notificação oficial para tomada de decisões. A liberação das torcidas organizadas divide opiniões e algumas autoridades manifestaram reprovação da decisão.