INQUÉRITO POLICIAL

Polícia ouvirá médica sobrevivente em apuração das causas da tragédia

Carreta-tanque tombou sobre veículo ocupado por médicas e acadêmico; dois morreram
Por Tamara Albuquerque 05/08/2024 - 15:44

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Reprodução/Redes Sociais
Lizianny Toledo, única sobrevivente do acidente que matou médica e acadêmico na BR-101
Lizianny Toledo, única sobrevivente do acidente que matou médica e acadêmico na BR-101

A médica Lizianny Tenório Toledo, que sobreviveu ao trágico acidente ocorrido no final na última sexta-feira na BR-220, em Flexeiras (AL), será ouvida pela Polícia Civil, quando estiver em condições, para auxiliar no esclarecimento do caso. O acidente violento matou a médica FLávia Emanuelly Alves França, de 27 anos) e o acadêmico de medicina Lucas Queiroz Silva de 26 anos.

O veículo ocupado pelos três jovens foi esmagado num trecho da rodovia pelo tanque que se desprendeu de uma carreta. Flávia e Lucas morreram no local, mas Lizianny escapou ilesa do acidente. A polícia Civil abriu inquérito para investigar as causas do acidente e a responsabilidade do motorista da carreta no caso.

Em relato feito à Polícia Rodoviária Federal no dia da ocorrência, o motorista disse que perdeu o controle da direção depois que o pneu da parte de traz do veículo desceu no acostamento, que fica em um nível mais baixo, e tombou quando tentou voltar à pista."Cabe a Polícia Civil apurar as responsabilidades. O acidente aconteceu, mas não podemos deixar de apurar quem deu causa ao acidente", disse o delegado Mário Jorge Barros.

A médica Lizianny deu entrevista ao site TNH1 e relatou o momento da tragédia:

"A gente estava do lado esquerdo da faixa, o caminhão estava do lado da direita. Só me lembro que na hora da curva, deu a primeira pancada atrás de mim, que era onde estava o Lucas. Na primeira pancada, já não ouvi mais a voz dele, só ouvi o grito de Flávia e eu gritei por ela. O carro dela foi para um lado, ela voltou. Nessa hora que voltou, o caminhão voltou a tombar em cima da gente. E arrastou ainda um pouco. Depois disso não ouvi mais a voz de ninguém. Gritei por eles, mas ninguém mais falou comigo. Só consegui olhar para o céu... Só consegui olhar para o céu mesmo. Ali eu já tinha entendido que eles tinham ido, porque ninguém mais falava comigo. Depois foi tudo muito rápido. O motorista do caminhão veio, outras pessoas apareceram tentando ajudar, tentando me tirar dali. Estava tentando entender aquela situação e, ao mesmo tempo, fazer alguma coisa, mexia na Flávia, que estava ao meu lado".


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