Um homem, de 54 anos, foi preso na terça-feira, 13, em um assentamento do movimento sem-terra na Fazenda Guanabara II, localizada na zona rural de São Luiz do Quitunde. Ele é acusado de homicídio qualificado. 

De acordo com o delegado Sidney Tenório, responsável pela coordenação dos agentes do Núcleo de Investigação Especial (NIESP), a operação de captura foi desafiadora devido ao difícil acesso da área e à ausência de aparelhos eletrônicos por parte do suspeito. 

“A localidade é afastada e de difícil acesso. O acusado estava vivendo com sua esposa e filha, consumindo o que conseguia cultivar. No entanto, havia um mandado de prisão em aberto emitido pela comarca de Cacimbinhas”, explicou Tenório.

O delegado destacou a complexidade da operação, que envolveu o uso de drones para rastrear os movimentos do suspeito. “Quando nos aproximamos, ele estava em uma área de mata, o que dificultou a abordagem. Os agentes tiveram que esperar o momento oportuno para agir”, detalhou Sidney Tenório.

Após a prisão, o homem foi levado à Delegacia Regional de Matriz do Camaragibe, onde aguardará a audiência de custódia. O crime ocorreu em 15 de julho de 2016, por volta das 20h, no município de Dois Riachos. Na ocasião, o acusado cometeu homicídio contra José Soares da Silva, conhecido como "Bozó", que na época tinha 49 anos. 

O suspeito, ao encontrar a vítima na porta da casa da namorada (ex-amante do acusado), iniciou uma agressão verbal e atacou José com uma faca peixeira. A vítima foi perseguida e golpeada até a morte dentro da residência.

Quatro dias após o crime, o acusado se entregou à polícia e confessou o homicídio, alegando que agiu em resposta a ameaças da vítima. No entanto, a investigação revelou que o verdadeiro motivo foi ciúmes, já que a ex-amante do acusado estava envolvida com a vítima. O acusado alegou estar alcoolizado e não lembrar o número exato de golpes desferidos, afirmando ter “ficado cego de raiva”.