Os parlamentares em Brasília estão intensificando as articulações em torno da sucessão na presidência da Câmara dos Deputados. Com a eleição marcada para fevereiro de 2025, as movimentações nos bastidores já estão em ritmo acelerado, e o atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), já definiu quem pretende apoiar como seu sucessor. No entanto, enfrenta resistências significativas dentro de seu próprio campo político.

Na corrida para ocupar o posto de Lira, destacam-se os líderes do Republicanos, Hugo Mota, e do União Brasil, Elmar Nascimento. Ambos já começaram a conversar com o Palácio do Planalto, buscando apoio ou, pelo menos, uma postura de neutralidade do governo na disputa. Correndo por fora, está o líder do PSD, Antônio Brito, que conta com seu alinhamento mais próximo à agenda do Executivo como vantagem.

O deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP) vê a disputa como natural em partidos grandes, como Republicanos, PSD e União Brasil. Já o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) destacou que a eleição para a presidência da Câmara envolve também a distribuição de poder dentro do Legislativo, e defendeu que a condução do debate por Arthur Lira seja justa e equilibrada.

Desde agosto, os principais candidatos vêm intensificando as negociações, buscando apoio tanto da oposição quanto da base governista. Líderes do Centrão, por sua vez, estão utilizando propostas legislativas como moeda de troca, o que tem gerado incômodo em setores da esquerda e da direita, que consideram prematura a antecipação das negociações.

A campanha, que normalmente se intensifica nos meses de novembro e dezembro, já está causando um clima de tensão e incerteza no Congresso, com alguns parlamentares alertando que a disputa está contaminando as votações dos projetos em andamento na Casa. As próximas semanas serão decisivas para definir o equilíbrio de forças e os apoios necessários para a sucessão de Arthur Lira na Câmara dos Deputados.