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Quem era Alessandro Fábio, PM que seria incriminado por matar Malaquias

Sargento foi morto pela esposa durante uma briga em 2022 no Eustáquio Gomes, em Maceió
Por Redação 18/09/2024 - 20:20

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Arquivo pessoal
O sargento da Polícia Militar de Alagoas Alessandro Fábio, que seria incriminado de matar Kleber Malaquias
O sargento da Polícia Militar de Alagoas Alessandro Fábio, que seria incriminado de matar Kleber Malaquias

Após o delegado da Polícia Civil Daniel Mayer ser preso quarta-feira, 18, por suspeita de fraude processual, revelação de sigilo funcional e abuso de autoridade no caso que investiga a morte do empresário Kleber Malaquias, o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) revelou que incriminar um sargento da Polícia Militar de Alagoas que foi morto em 2022 era uma das estratégias para tentar livrar os verdadeiros autores do crime.

O Ministério Público de Alagoas pediu a prisão preventiva do delegado por forjar provas para proteger os criminosos, após obter conversas reveladoras, com autorização judicial, sobre os planos nebulosos.

“Elas [conversas] mostraram uma conspiração conduzida pela autoridade policial [Daniel Mayer] para incriminar falsamente uma pessoa já assassinada [Alessandro Fábio], tudo com o intuito de proteger os verdadeiros autores do crime, em um provável conluio com os investigados, aplicando um verdadeiro golpe à Justiça, inesperado de qualquer autoridade pública, especialmente de um delegado de polícia”, detalharam os promotores do caso.

Alessandro Fábio da Silva foi morto em março de 2022 aos 53 anos no Conjunto Eustáquio Gomes, no bairro da Cidade Universitária, em Maceió. Segundo a polícia o crime foi cometido pela companheira do militar, que atirou em Alessandro Fábio durante uma discussão. Josefa Cícera Nunes Flores foi presa após confessar o crime.

Alessandro Fábio da Silva era 1º sargento e estava lotado no 1º Batalhão da PM. Ele deixou cinco filhos.O sargento Fábio chegou a ser socorrido por vigilantes do condomínio onde morava e levado para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade Universitária, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. 

A mulher estava com ele na unidade de saúde e confessou o crime aos militares. Ela precisou ser medicada porque estava muito nervosa e depois foi encaminhada para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa da Capital.

De acordo com os militares do Batalhão de Polícia de Guardas (BPGd), duas armas foram encontradas no local do crime. Uma pistola Taurus, calibre 380 e Modelo 938; e uma da marca Glock, de calibre .40. Além das armas a polícia encontrou 3 carregadores.

À época, a delegada Rosimeire Vieira informou que a mulher disse em depoimento que o casal tinha um relacionamento conturbado, que os dois haviam ingerido bebida alcoólica e que era comum o casal fazer roleta russa. Mas que, na noite do crime, ele chamou e ela se negou. Foi quando brigaram e, durante briga, a arma disparou.

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