CRIME DE EXECUÇÃO

Kleber Malaquias: MPAL pede preventiva de PM por fraude processual

Policial participou ativamente do crime, seguindo a vítima até o local onde ela foi morta
Por Bruno Fernandes com MP 30/09/2024 - 18:08
Atualização: 30/09/2024 - 18:55

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Empresário Kleber Malaquias foi executado a tiros
Empresário Kleber Malaquias foi executado a tiros

O Ministério Público de Alagoas (MPAL) solicitou nesta segunda-feira, 30, a prisão preventiva do policial militar Fredson José dos Santos, acusado de participar do assassinato do empresário Kleber Malaquias, ocorrido em Rio Largo, no dia 20 de julho de 2020.

Conforme o pedido encaminhado à Justiça, o militar, que aguardava julgamento em prisão domiciliar por motivos de saúde, teria se envolvido em novos crimes, justificando a nova ordem de detenção.

O MP afirma que Fredson José participou ativamente do homicídio, seguindo a vítima até o local onde foi executada. Ele estava ao lado do atirador no momento dos disparos e, após ser beneficiado com a liberdade provisória, passou a interferir na investigação, falsificando provas para tentar atribuir o crime a uma pessoa falecida.

A investigação revelou ainda que o militar, o delegado Daniel Mayer e o policial civil Eudson Oliveira de Matos, junto à ex-companheira de um dos acusados, criaram uma versão falsa para inocentar todos os envolvidos, acusando Alessandro Fábio, ex-policial militar, de ser o autor do crime.

O delegado responsável pelo caso, que presidia o inquérito, foi preso na semana passada, acusado de fraude processual. O MP argumentou que o estado de saúde do réu não impede a decretação de sua prisão preventiva, considerando que ele demonstrou capacidade de cometer novos crimes.

O caso

Conforme os autos, o assassinato ocorreu dentro de um bar em Rio Largo, na tarde de 15 de julho, dia do aniversário de Kleber. A execução teria sido planejada pelos envolvidos, que atraíram o empresário até o Bar da Buchada.

José Mário, então pré-candidato a vereador, teria marcado o encontro com Kleber sob o pretexto de discutir assuntos políticos, e Fredson José teria sido o responsável por realizar os disparos fatais.

O processo também aponta que Kleber vinha recebendo ameaças constantes em razão das denúncias que fazia contra políticos e autoridades locais.


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