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Braskem registra R$ 16,3 bilhões em gastos por afundamento em Maceió

Valor, segundo o vice-presidente Pedro Freitas, inclui gastos já realizados
Por Redação 07/11/2024 - 11:35

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Afrânio Bastos
Braskem em Maceió
Braskem em Maceió

A Braskem já executou e provisionou R$ 16,3 bilhões relacionados ao afundamento do solo em cinco bairros de Maceió, conforme informou o vice-presidente Pedro Freitas nesta quinta-feira, 7. A informação é do site Valor.

De acordo com Freitas, o montante provisionado tem aumentado desde 2019, quando o problema geológico foi identificado. O entendimento sobre a situação e os acordos de indenização com as autoridades também evoluíram ao longo dos anos.

O valor inclui gastos já realizados e provisões em andamento e, segundo o executivo, o evento ainda é "dinâmico" e, embora a situação esteja mais consolidada, não se pode garantir que o problema esteja totalmente resolvido.

“É um evento bastante dinâmico. Está mais entendido e consolidado, porém não dá para afirmar que está 100% dominado”, afirmou em entrevista ao portal Valor, ao ser questionado sobre a possibilidade de essas despesas voltarem a crescer.

No entanto, Freitas destacou que a Braskem não tem dados específicos sobre o quanto o afundamento influenciou na desistência de compradores potenciais.

Idosa é encontrada morta e culpa Braskem

Uma idosa de 63 anos foi encontrada morta no último dia 31, no Flexal de Cima, em Bebedouro. A idosa deixou um bilhete no qual diz estar infeliz com as consequências da mineração feita pela Braskem no bairro onde mora. A polícia investiga o caso.

"Cada vez que eu vejo os benefícios da Braskem, a minha desilusão aumenta. Estou cada vez mais depressiva em saber que vou ficar nesse isolamento para sempre", diz o bilhete.

Segundo vizinhos, a idosa teria ingerido veneno e também teria envenenado a filha, que tem deficiência intelectual, e um gato.

A filha da idosa, uma mulher de 40 anos, foi encontrada agonizando na casa por uma sobrinha da idosa, que foi ao local para chamá-las para um aniversário.

Ainda conforme os vizinhos, a idosa tinha sintomas de depressão por causa do afundamento do solo e suas consequências. Parte dos moradores dos Flexais dizem estar isolados socialmente e sem direito à indenização.

A filha da idosa foi socorrida para o Hospital Geral do Estado (HGE). O estado de saúde dela não foi divulgado. a Polícia Militar de Alagoas (PM-AL) isolou o local para os trabalhos da perícia.

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