Caso Gritzbach

Funcionário do delator do PCC pegou sacola em quiosque na orla de Maceió

Segurança de Vínícius Gritzbach acredita que sacola tinha joias no valor de R$ 1 milhão
Por Redação com G1/SP 12/11/2024 - 14:39

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© Foto / Divulgação / Polícia Civil
Antonio Vinicius Lopes Gritzbach
Antonio Vinicius Lopes Gritzbach

As investigações sobre a execução de Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do PCC, ganham novos elementos à medida que depoimentos de convocados são realizados. Nesta terça-feira, 12, um dos seguranças de Gritzbach contou à polícia que, durante a viagem a Alagoas, o único momento que "fugiu da normalidade" foi quando um funcionário dele [do delator] foi até um quiosque na avenida da praia em Maceió pegar uma sacola pequena de um homem desconhecido.

O soldado afirmou que não sabe se eram as joias, no valor de R$ 1 milhão, que Gritzbach trouxe na bagagem ao desembarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo. O delator, acusado de lavar dinheiro da facção criminosa, foi executado com 10 tiros na sexta-feira (8).

Segundo o G1 de São Paulo, a Polícia Civil investiga se as joias têm alguma relação com o assassinato. Em delação premiada ao Ministério Público, Gritzbach entregou policiais supostamente corrutos do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), além de dois distritos policiais da Zona Leste da capital paulista.

Na viagem, que durou sete dias, o PM também acompanhou Gritzbach e a namorada dele em visitas a imóveis para locação em São Miguel dos Milagres, a cerca de 100 km de Maceió. O casal queria passar o Réveillon com a família na praia. O policial ainda contou que prestava serviço de segurança ao empresário havia um ano. Apesar de ser policial da ativa e trabalhar no 18° Batalhão Metropolitano, ele conseguiu acompanhar o casal na viagem ao compensar folgas acumuladas.

No momento do desembarque no Terminal 2, o segurança particular estava na frente de Gritzbach e a namorada. Após atravessar a faixa de pedestres, ele contou que foram surpreendidos por homens encapuzados que desembarcaram de um carro preto.

À polícia, o segurança PM disse que se escondeu atrás de um ônibus estacionado e "partiu em deslocamento a pé por seu lado direito, subindo por um barranco e acessando a via que dá acesso ao pavimento superior do aeroporto". Em depoimento à Corregedoria da PM, ele explicou que estava em desvantagem e, por isso decidiu proteger a própria vida.

Após o ataque, o PM e a namorada do delator pegaram um táxi e foram até a casa de um amigo de Gritzbach no Jardim Anália Franco, na Zona Leste da capital, onde a mulher ficou. De lá, o PM voltou ao aeroporto. Procurada, a defesa do policial negou qualquer envolvimento com a execução.

Afastamento de PMs

Oito policiais militares foram afastados por suspeita de envolvimento na morte de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach na última sexta (8), no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Como eram agentes da ativa, eles não poderiam prestar serviços particulares. Imagens de câmera de segurança mostram o momento em que os seguranças do empresário estacionam em uma loja de conveniências e, no momento de ir embora, o veículo apresenta problemas. Dos quatro agentes contratados, apenas um chegou ao aeroporto.


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